Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), a engenharia civil Lúcia Helena Vilarinho Ramos reforça a determinação de “escutar as demandas dos profissionais da região”. Ela participou de reuniões nesta quinta-feira (20) em Linhares e São Mateus para designar os novos inspetores locais. Acompanhada do conselheiro Rogério Ramos e do consultor técnico e ex-presidente Luís Fernando Fiorotti, esteve na sede da Rede TC, onde concedeu entrevista e foi recebida pelo diretor geral Márcio Castro.

“Os inspetores locais são nossos representantes institucionais. Eles são muito importantes, pois representam o Crea nas câmaras técnicas e conselhos municipais e estão perto dos profissionais da região” – destacou Lúcia. Em cada município são designados de três a seis inspetores, de acordo com as demandas e tamanho do Município.

Os inspetores designados em São Mateus são Roger Pestana, Denis Ricardo, Olavo Pessanha, Swamy Barcellos, Marcos Salvador, Ludmila Viana, Bruno Silva e Thiago Vignatti. Na reunião desta quinta com os engenheiros na Inspetoria do Crea-ES em São Mateus, participaram também os superintendentes Henrique Germano Zimmer (Relacionamento Institucional) e Almir Silva (Fiscalização).

De acordo com Lúcia, a meta da atual diretoria 2018-2020 é de aproximar efetivamente o Crea dos engenheiros e da sociedade. No Espírito Santo o Crea possui sete inspetorias.

Lúcia Vilarinho é a primeira mulher a presidir o Crea-ES e a primeira da Região Sudeste a comandar uma Regional. Ela formou em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em 1978. Já ocupou o cargo de diretora do DER-ES e foi secretária de Habitação de Vitória.

CENÁRIO NACIONAL

Ao avaliar o atual cenário econômico, Lúcia Vilarinho disse que o mercado de trabalho está com um crescimento fraco por conta da recessão. Um fator observado por ela é a formação de muitos profissionais por faculdades particulares. “Muitos profissionais da engenharia estão atuando em outras áreas”, disse.

A presidente do Crea-ES disse que observa ainda uma desvalorização salarial, que desrespeita o piso de nove salários mínimos para oito horas diárias de trabalho. “Já observamos o edital de uma prefeitura da Grande Vitória que oferecia um salário de R$ 1.690”, exemplifica.

Conforme Lúcia Vilarinho, quando existe uma recessão quem sofre é a engenharia, visto que está presente em todos os setores da sociedade. “Somos responsáveis por mais de setenta por cento do PIB”, comenta.

Em relação às expectativas para o governo de Jair Bolsonaro, Lúcia entende que o próximo presidente deve demorar a se estabilizar. Recentemente, ela participou de uma palestra em Brasília com o vice-presidente diplomado, general Hamilton Mourão. Segundo ela, na palestra teria demonstrado otimismo com a engenharia nacional. “O general mostrou-se à vontade em valorizar a carreira de estado dos profissionais”, disse.

 

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