TÓQUIO, JAPÃO (FOLHAPRESS) – Em comunicado oficial, os advogados de Tandara descartam que a jogadora tenha recorrido a substância anabolizante “para fins de performance esportiva” e confia na comprovação de que a Ostarina “entrou acidentalmente no organismo da atleta”.

Cortada da seleção brasileira de vôlei pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) nesta sexta (6), horas após a confirmação do resultado de teste antidoping de 7 de julho, ela retornou ao Brasil enquanto o time garantia vaga na final olímpica batendo a Coreia do Sul.

A reportagem tentou contato por meio de sua assessoria de imprensa na manhã desta sexta e o documento do escritório de advocacia, enviado à tarde do mesmo dia, reforça a opção de Tandara por se manter em silêncio “até a decisão final sobre o caso”.

Marcelo Franklin, advogado que assina o texto, aponta que outros esportistas já “foram vítimas de incidentes envolvendo a Ostarina” e lembra que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) interveio para “proibir a comercialização” no país.

A Ostarina, um SARM (modulador seletivo do receptor de androgênio), está na lista de substâncias proibidas pela Wada (Agência Mundial Antidoping) e pertence à classe S1, sendo visto como um agente anabolizante.

Criado na década passada para o tratamento de doenças como osteoporose, aumenta a massa muscular. Oferece, assim, os benefícios dos anabolizantes com menos efeitos colaterais. Proporciona também redução do peso com a eliminação de gordura, aumento da espessura óssea e melhora da saúde de tendões e ligamentos.

Amparado na reputação de Tandara, ouro em Londres-2012, Franklin pede que não se faça um “pré-julgamento de uma atleta íntegra, sem quaisquer antecedentes e que há anos contribuiu para as conquistas do voleibol brasileiro”.

Segundo pessoas que participaram das conversas em Tóquio, a oposta alegou ter feito um tratamento para regular a menstruação com uma substância que é um estimulante da produção de testosterona. Não há informações até o momento do nome do medicamento.

Foto de destaque: Júlio César Guimarães/COB

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