A decisão da Câmara de São Mateus de rejeitar o Projeto de Lei 016/2019 que autorizava a Prefeitura celebrar contrato de programa com a Cesan, para que a estatal assumisse os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário do Município, repercutiu nas ruas de São Mateus. E a Rede TC ouviu a opinião de alguns mateenses. A votação aconteceu na sessão de terça-feira (10).

Taxista, Eduardo Faccini, 37 anos, lamentou a rejeição do projeto. “A água vai voltar a ficar salgada de novo. O Saae não tem condições de investir. Até hoje não conseguiu [resolver o problema]” – afirma. Ele acrescenta que a falta de condições de investimentos da autarquia é percebida, por exemplo, nas redes velhas de abastecimento água. “Eles escavam a rua, consertam e, depois, estoura de novo. Não adianta nem reparar o calçamento” – sustenta.

“O Saae não tem condições de investir, até hoje não conseguiu” – afirma Eduardo Faccini.

O bombeiro Gilliard da Silva Rocha, 30 anos, aprova a permanência dos serviços com o Saae. “Precisa ter um plano de reestruturação do Saae. Até hoje ninguém pensou nisso. Com um gestor bom e seriedade, consegue recuperar o Saae” – avalia. Gilliard sugere que a tarifa de água seja reajustada de forma gradual, além de implantar uma política de combate à inadimplência e usar algum dispositivo de identificação de desvios de água. O bombeiro acredita que uma barragem no Córrego Bamburral resolveria o problema de abastecimento de água potável.

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“Precisa ter um plano de reestruturação do Saae, que até hoje ninguém pensou nisso”, opina Gilliard da Silva Rocha. Foto: Ademilson Viana/TC Digital

Para o taxista José Luiz Sobrinho, 64 anos, a melhor solução seria mesmo conceder os serviços para a Cesan. “Para mim, a Cesan é melhor, é boa. Deu certo em Conceição da Barra. A Cesan tem mais aporte financeiro do que o Saae” – afirma. Nascido em Colatina, mas morando em São Mateus desde 1977, ele sustenta que sempre percebeu problemas no abastecimento de água no Município.

“Para mim, a Cesan é melhor, é boa. Deu certo em Conceição da Barra”, relata José Luiz Sobrinho. Foto: Ademilson Viana/TC Digital

O músico Raimundo Almeida Santos, 39 anos, o Chocolate, disse que tem dúvidas e que não participou das audiências públicas que discutiram o tema por conta de agendas de trabalho. “Se a proposta da Cesan for boa para a população de São Mateus, se a Cesan tem uma qualidade melhor, acho válido”, frisou. Chocolate avalia que atualmente o Saae não tem prestado um bom serviço à população, citando como exemplo os buracos que ele percebe pela Cidade.

Raimundo Almeida Santos, o Chocolate, avalia que o Saae atualmente não presta um bom serviço. Foto: Ademilson Viana/TC Digital

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