O Produto Interno Bruto do país (PIB) – a soma de todas as riquezas produzidas – fechou o segundo trimestre do ano com crescimento de 0,2% em relação ao primeiro trimestre, na série com ajuste sazonal. Esse foi o sexto resultado positivo após oito variações negativas consecutivas nessa comparação. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,693 trilhão. A informação foi divulgada hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados indicam que a ligeira alta foi determinada pelo setor de serviços que teve desempenho positivo de 0,3%, enquanto a Indústria registrou queda de 0,6% e a agropecuária, estabilidade.

Em relação ao segundo trimestre de 2017, o crescimento foi de 1% no segundo trimestre deste ano, o quinto resultado positivo consecutivo nessa comparação. A indústria e os serviços cresceram 1,2%, enquanto a Agropecuária variou -0,4%.

Em relação à demanda, o consumo das famílias cresceu 1,7% – o quinto trimestre seguido de avanço na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

No acumulado dos quatro últimos trimestres, o PIB cresceu 1,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

Serviços

Responsável direto pela expansão de 0,2% do PIB do primeiro para o segundo trimestre do ano, ao crescer 0,3%, o setor de Serviços (que responde por cerca de 70% da economia do país) teve como destaque positivo as atividades de informação e comunicação e imobiliária, ambas com expansão de 1,2%; seguidas das atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,7%) e de outras atividades de serviços (0,7%).

Por outro lado, as principais quedas foram verificadas nas atividades de transporte, armazenagem e correio, com -1,4%, Comércio (-0,3%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,2%).

Já a indústria, ao cair 0,6%, teve as áreas de transformação e de construção em destaque, ambas com queda de 0,8% do primeiro para o segundo trimestre do ano. O comportamento do setor industrial foi seriamente comprometido pela greve dos caminhoneiros, em maio.

A despesa de consumo das famílias e a despesa de consumo do governo tiveram variações positivas de, respectivamente, 0,1% e 0,5%. Já a formação bruta de capital fixo recuou 1,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

No setor externo, as exportações de bens e serviços reduziram-se 5,5%, enquanto as importações de bens e serviços recuaram 2,1% em relação ao primeiro trimestre de 2018.

Semestre

O crescimento de 0,2% do PIB no segundo trimestre do ano levou à expansão acumulada de 1,1% no primeiro semestre em relação a igual período do ano passado, depois de ter fechado o segundo semestre do ano passado também em alta: 1,8%.

O crescimento de 1,4% verificado nos serviços e na indústria compensou a queda de 1,6% registrada na agropecuária. Na indústria, contribuíram para a alta as atividades das indústrias de transformação, que cresceram 2,8%, seguidas da atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e de gestão de resíduos, ambas com 1,9%. Por outro lado, a construção e as indústrias extrativas caíram no primeiro semestre do ano, respectivamente, 1,7% e 0,6%.

Nos serviços, apenas informação e comunicação (-1,4%) tiveram resultado negativo. O maior avanço foi no comércio (3,2%), seguido das atividades imobiliárias (2,9%) e de transporte, armazenagem e correio (1,9%).

A despesa de consumo das famílias aumentou 2,3% e a despesa de consumo do governo recuou 0,3%.

Já no setor externo, houve crescimento de 7,3% nas importações de bens e serviços e de 1,3% nas exportações de bens e serviços.

Ano

O crescimento acumulado da economia brasileira nos quatro últimos trimestres foi de 1,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. De julho do ano passado até junho deste ano, todos os setores da economia fecharam com resultados positivos, com destaque para os 2% de expansão da agropecuária. A indústria e os serviços cresceram no período 1,4%.

A Formação Bruta de Capital Fixo (ampliação da capacidade produtiva futura) dos últimos quatro trimestres subiu 2,6% – primeiro resultado positivo desde o segundo trimestre de 2014 – e a Despesa de Consumo das Famílias aumentou 2,3% – terceira alta seguida.

Já a despesa de consumo do governo manteve a trajetória de queda, ao fechar em -0,4%. No setor externo, foram registradas altas de 4,7% nas exportações de bens e serviços e de 7,1% nas importações de bens e serviços.

Revisão de resultados

Ao divulgar os resultados da economia brasileira para este segundo trimestre do ano, o IBGE revisou para baixo o resultado do PIB do primeiro trimestre. Segundo o Instituto, a economia variou 0,1% de janeiro a março deste ano e não os 0,4% inicialmente divulgado.

Já a alta de 0,2% referente ao quarto trimestre do ano passado foi revisada para estagnação (0%). A alta de 0,3% do terceiro trimestre do ano passado, no entanto, virou crescimento de 0,6%.

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