A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (7) a Operação Volátil com operação de apurar uma organização criminosa que forneceu álcool gel para a Secretaria Estadual da Saúde do Espírito Santo.

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De acordo com a Assessoria de Comunicação da Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo, a operação foi deflagrada no âmbito das ações desenvolvidas no Fórum de Combate à Corrupção (Focco/ES). Segundo a assessoria, a PF aponta que a contratação possui possíveis “indícios de fraude e superfaturamento envolvendo o uso de verba federal destinada ao combate da covid-19”.

Ainda segundo a PF, ainda na manhã desta segunda foram cumpridos sete mandados de busca e de apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal de Vitória, em residências e empresas nos municípios de Vitória e Vila Velha, no Estado do Espírito Santo, e Macaé e São Fidelis, no Rio de Janeiro, que culminaram na apreensão de documentos e equipamentos de mídia em geral.

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“A operação contou com a participação de 28 policiais federais e teve o apoio da Controladoria Geral da União e do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, órgãos integrantes do Fórum de Combate à Corrupção (Focco/ES). A operação está sendo deflagrada em paralelo com outra fase da Operação Chorume pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, com o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada do Rio de Janeiro em face de integrantes do mesmo grupo criminoso, por fraude à licitação, desvio de recursos públicos e peculato em contratos firmados no Estado do Rio de Janeiro” – detalha a PF.

ENTENDA

A Polícia Federal detalha que a Operação Volátil teve início com o recebimento de relatórios da CGU/ES e do TCE/ES, instituições conveniadas do Focco/ES, apontando irregularidades na aquisição de álcool em gel pela Sesa em processo de compra com dispensa de licitação ocorrido nos meses de março e abril de 2020.

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“As auditorias realizadas pelos órgãos de controle e as investigações conduzidas pela PF indicam que a empresa que forneceu o álcool para a SESA/ES foi criada com a finalidade de participar do certame, sem qualquer histórico de atuação no fornecimento desse tipo de material. Há ainda indícios do uso de documento falso para comprovar a capacidade técnica de fornecimento do álcool em gel contratado, bem como indicativo de superfaturamento no valor do bem”.

Segundo a PF, durante as investigações “foi possível constatar que os empresários envolvidos movimentaram os recursos recebidos com a venda do álcool para o Governo do Espírito Santo para outras empresas do grupo, parentes e empresas em nome de terceiros, em operações financeiras típicas da prática de lavagem de dinheiro”.

Ainda durante as investigações da Operação Volátil, em 25 de março deste ano a Polícia Civil e o Gaeco do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro deflagraram a primeira fase da Operação Chorume, e face à coincidência dos integrantes do grupo criminoso também investigado no Espírito Santo, “as instituições passaram a compartilhar informações acerca da organização criminosa investigada, culminando na deflagração conjunta das operações policiais na data de hoje”.

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Os investigados poderão responder pela prática dos delitos de organização criminosa, fraude a licitações e lavagem de capitais, dentre outros, conforme explica a Polícia Federal.

 

 

Foto do destaque: Marcello Casal Jr-ABr/Divulgação

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