A Petrobras pretende vender oito de suas 13 refinarias em até 24 meses, disse nesta segunda-feira (1°) o presidente da petrolífera, Roberto Castello Branco. Já foram anunciados os processos de venda de quatro refinarias, e as demais devem ter o detalhamento apresentado até o início de agosto.

As vendas para o mercado privado devem reduzir a capacidade de refino da empresa em 50% e visam romper o monopólio da estatal sobre esse mercado. Também vão contribuir para maior alocação de capital em outras atividades, como a exploração e a produção de petróleo e gás em águas profundas.

“A exploração e a produção de petróleo tende a gerar retorno mais elevado que as refinarias, pelo menos as que estamos colocando à venda”, disse o presidente da Petrobras, em um almoço promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais Lide, no Hotel Belmond Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

A venda das oito refinarias já foi aprovada pelo plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). São elas a Abreu e Lima (Rnest); Landulpho Alves (Rlam); Gabriel Passos (Regap); Presidente Getúlio Vargas (Repar); Alberto Pasqualini (Refap); Isaac Sabbá (Reman), a Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor) e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX).

Para evitar que se formem monopólios privados, a venda de refinarias nas mesmas regiões não poderá ser feita para um mesmo grupo. Já foram identificados potenciais interessados, mas, para o presidente da Petrobras, os compradores não devem ser grandes petrolíferas globais, uma vez que essas empresas vêm reduzindo sua participação no setor de refino.

“Sabemos que as major oil companies reduziram, entre 2005 e 2017, 30% de sua capacidade de refino, e venderam 89 refinarias no mundo”, disse. “Existem outros players que já demonstraram interesse superficial, agora vamos ver o interesse efetivo”. Castello Branco disse que as mudanças na gestão farão com que a Petrobras seja “completamente diferente” nos próximos dois anos.

“O que vai sobrar da Petrobras? A Petrobras vai ser uma empresa pequena? A Petrobras vai ser uma empresa maior, mais forte, mais focada e mais saudável. Vamos investir muito mais do que estamos desinvestindo” – afirmou.

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