São Mateus – Diante da crise financeira que se instalou na Seacrest Petróleo, empresa norueguesa com sede em Bermudas, a Petrobras afirma estar adotando as medidas legais para cobrar os valores devidos relacionados à venda dos ativos da estatal no Norte capixaba. A empresa, que recentemente teve uma dívida executada por credores que assumiram a gestão dos ativos no Norte do Estado, é detentora de 100% do Terminal Norte Capixaba (TNC), que é operado pela Transpetro, e também do Polo Cricaré e do Polo Norte Capixaba.
“A Petrobras está adotando as medidas contratuais e legais cabíveis para a defesa de seus interesses no processo e para a cobrança dos valores determinados e incontestavelmente exigíveis da Seacrest pelo não cumprimento de obrigação contratual de pagamentos relacionados à venda de campos terrestres no Polo Cricaré e Polo Norte Capixaba” – afirmou a estatal em resposta à Rede TC de Comunicações. Questionada sobre os valores que a Seacrest deve, a Petrobras respondeu que “o caso é confidencial”.
A Reportagem também questionou a Assessoria de Comunicações da Seacrest sobre os valores. Em resposta, a empresa disse que “não se pronuncia sobre questões que estão em análise na Justiça”.
TNC
Em relação ao Terminal Norte Capixaba, que apesar de pertencer à Seacrest ainda é operado pela Transpetro, a Petrobras disse que está cumprindo a obrigação contratual de reparos e manutenção dos oleodutos submarinos. Recentemente, o Sindicato dos Petroleiros também demonstrou preocupação com as estruturas devido aos acidentes já registrados na operação da Seacrest que provocaram o derramamento de óleo na natureza em São Mateus.
De acordo com a Petrobras, as obras nos oleodutos consistem na substituição de juntas dos flanges instalados nos dois dutos paralelos. “Não há riscos ambientais, pois está sendo feito um duto de cada vez. O mesmo é limpo e colocado fora de operação. A liberação para uso só ocorre após passar por testes hidrostáticos” – explica a estatal.
Ainda segundo a Petrobras, “eventuais pleitos da Seacrest são analisados e, em caso de desacordo, acionados os mecanismos previstos no contrato, no caso a arbitragem”.
