Papai Noel está chegando, junto com seu trenó puxado pelas suas renas e duendes. Entrando pelas chaminés das residências, ele passa a noite deixando silenciosamente presentes para as crianças que tiveram um bom comportamento durante o ano inteiro. A magia relacionada ao Bom Velhinho é uma fantasia que existe bastante nas mentes das crianças e pertence a uma das celebrações mais aguardadas do ano. Porém até quando é necessário deixar que nossos filhos acreditem nessa fantasia e quando é o momento recomendado para falar a verdade para eles?

Foto: Divulgação.

De acordo com os especialistas, utilizar o imaginário na educação das crianças é bastante recomendado. O cérebro delas fantasia antes de formar o raciocínio lógico. Uma das etapas de organização mental é coordenada pelo trabalho de fantasiar o que é feito naturalmente. A fantasia é uma maneira de auxiliar o pequeno a organizar seus carinhos e as percepções dele mesmo e de tudo que está em sua volta.

Realmente utilizar contos para passar valores sociais é usar uma linguagem que a criança consegue processar. Por exemplo, contar uma história infantil a respeito sobre como é importante a amizade, é uma forma de trabalhar e criar laços. Isso é muito saudável. É empregar códigos de linguagem que um cérebro que ainda está em desenvolvimento tem capacidade para compreender as coisas.

É preciso saber que trabalhar a imaginação não é tirar a criança da realidade. É oferecer formas para que ele possa compreender o mundo que está a sua volta. Inventar pertence à infância e se manifesta sempre. É a própria criança quem vai dar os sinais de que chegou a hora de falar a verdade sobre o Papai Noel. É saudável seguir com a fantasia enquanto a criança se permitir acreditar, é uma questão de criatividade e imaginação dela. E falar a verdade para os pequenos sobre o Bom Velhinho não deixa-los traumatizados. A única possibilidade de provocar algum tipo de trauma é a de não obedecer o tempo da criança.

A verdade é que logo, logo suas crianças irão passar a fazer perguntas a respeito da existência ou não do Bom Velhinho. Nessa hora podem aparecer questões a respeito de “como ele entrega presentes no mundo todo em uma noite apenas?”, “como ele sabe exatamente o que todas as crianças desejam?”. Diversos pais ficam aflitos com essas perguntas achando que seus pimpolhos estão crescendo muito rápido, que isso é devido a internet e tevê, ou que é melhor seguir mexendo com a fantasia dos pequenos do que falar realmente a verdade.

As crianças passam a trabalhar a mente, entre a faixa dos 2 e 4 anos aproxidamente, e isso ajuda que compreendam melhor as coisas. É importante saber que são mais inteligentes do que se pode imaginar e essas perguntas sobre a existência de Papai Noel estão baseadas em desconfianças no que aprenderam sobre a realidade. Isso quer dizer que não falar a verdade que o Bom Velhinho existe, talvez não seja a melhor escolha por muito tempo para responder aos filhos.

FALANDO AOS POUCOS

Mas como e quando é necessário dizer realmente a verdade para as crianças? A resposta é não existe um momento ideal para isso. Porém a opinião de vários profissionais é de que é recomendado alimentar realmente a fantasia, a criatividade dos pequenos, mas que, quando passarem a procurar por respostas, é necessário devolver as perguntas e observar o que eles já sabem a respeito do tema. Fale aos poucos a verdade de acordo com o que a criança já sabe. Não é necessário dizer tudo de uma vez, mas pode falar aos poucos que mesmo Papai Noel não exista é a ideia de ajudar o próximo, da solidariedade, do amor, da felicidade que existe no Natal que são fundamentais.

Se você pensa que isso pode ser ruim para seu filho (acabar com a infância), reflita bem, já que talvez sua criança já sabe a verdade e de vez em quando ela também apenas está querendo fazer um teste se pode confiar em você. Pense, pois os pais mesmo falam que bicho papão e ‘velho do saco’ não existem, porém o Papai Noel existe, qual a diferença entre eles? A recomendação é dizer sempre e apenas o necessário.

Nada impede que o pequeno acredite em Papai Noel até seus oito anos, por exemplo. Não é necessário falar toda a verdade de imediato. Porém, se a criança não deseja mais acreditar no Bom Velhinho, então responda suas dúvidas, seja sincera. Não desejar mais acreditar em Bom Velhinho não é tão ruim assim, quer dizer que seu filho está crescendo. O essencial não é somente a fantasia, mas também o espírito natalino, os sentimentos e as intenções de auxiliar ao próximo que sua criança necessita manter.

Feliz Natal!

COMPARTILHAR

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here