O Palmeiras recebeu o Atlético-MG na tarde deste domingo (22), no Allianz Parque, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com gol de Moisés no primeiro tempo e dois de Bruno Henrique no segundo, o Verdão bateu o adversário mineiro por 3 a 2 e voltou a somar três pontos no Nacional. O tabu que o Palmeiras pôs fim era de 13 jogos sem vencer o Atlético-MG, desde 2011 (nove reveses e quatro empates). Apesar da sequência negativa recente, historicamente, o Alviverde possui larga vantagem no retrospecto geral contra o adversário do estado vizinho: em 79 jogos – já considerando o deste domingo – são 37 triunfos, 14 empates e 28 derrotas (110 gols marcados e 93 sofridos).
O placar fez com que o time do técnico Roger Machado chegasse provisoriamente à 4ª colocação na tabela do torneio, com 23 pontos (mesma pontuação, aliás, do Galo, atual 3º colocado). Para que se mantenha no 4º lugar até o fim da rodada, o Alviverde torce por um tropeço (empate ou derrota) de Cruzeiro, que hoje, às 19h, recebe o Atlético-PR no Mineirão, e Internacional, que duela nesta segunda-feira (23), às 20h, contra o Ceará, no Beira Rio.
Além disso, com o resultado positivo, o Verdão chegou a seis partidas invictas no certame: três vitórias e três empates. Triunfos por 3 a 1 e 2 a 0 contra São Paulo e Grêmio, respectivamente, e empates contra o Ceará (2 a 2) e Flamengo e Santos (ambos por 1 a 1), além deste triunfo diante do Galo, neste domingo (22), por 3 a 2.
O confronto Palmeiras e Atlético-MG fez do estádio Palestra Italia (considerando todas as suas formas físicas anteriores, inclusive a arena atual) o maior palco de jogos entre os dois times na história, igualando as 23 partidas disputadas no Mineirão. Na casa alviverde, o saldo desses 23 encontros favorecem o Verdão, com 15 vitórias, quatro empates e quatro derrotas.
Outro ponto que chama atenção é fato de o Verdão ter melhorado ainda mais o seu retrospecto – que já era ótimo – jogando em dias 22 de julho: em 20 jogos, foram 11 vitórias, seis empates e apenas três derrotas. Esta data, aliás, costuma trazer boas recordações ao torcedor palmeirense, pois, foi neste dia, em 1951, que o Alviverde conquistou o Mundial de Clubes, ao empatar com a Juventus de Turim-ITA por 2 a 2 no Maracanã (resultado que, somado ao triunfo por 1 a 0 no jogo de ida, garantiu o troféu ao Palmeiras).
Além do resultado da partida, alguns jogadores, individualmente, tiveram algo a comemorar. O meio-campista Bruno Henrique, por exemplo, além dos dois gols marcados (um deles, sendo um belíssimo gol de falta), capitaneou o Verdão mais uma vez – foi ele quem mais vezes vestiu a braçadeira no time após o técnico Roger Machado ter passado a promover o rodízio da faixa: cinco vezes. Além de Bruno Henrique, os jogadores Victor Luis, Willian, Edu Dracena, Fernando Prass, Marcos Rocha e Felipe Melo, por duas vezes, e Moisés, por três vezes, também já capitanearam o Verdão na temporada. Antes do rodízio da faixa de capitão, o camisa 7 Dudu havia liderado o time por 27 vezes.
Dudu é outro que, com esta partida, ficou mais perto de alcançar uma marca individual emblemática. O jogador está a uma partida de alcançar 200 jogos com o manto palestrino. Apenas o goleiro Fernando Prass, com 260 embates, possui mais de duas centenas de partidas defendendo o Verdão no atual elenco.
O camisa 7 palmeirense também detém várias marcas importantes com a camisa do Verdão: é o atleta número um em partidas no Allianz Parque (87), o jogador que mais venceu na arena (62 triunfos), o maior artilheiro (com 24 gols) e também o maior garçom (21 assistências). Em todas as vezes em que o atacante fez gols no estádio, o Palmeiras jamais saiu de campo derrotado. Vale lembrar que o Baixinho também é o maior artilheiro palmeirense do Brasileirão desde que o torneio é disputado no sistema de pontos corridos (a partir de 2003). Foram, ao todo, 28 gols marcados no Nacional entre os anos de 2015 e 2018.
Agora o Palmeiras se prepara para encarar o Fluminense, no Maracanã, na quarta-feira (25), pela 15ª rodada e, em seguida, volta a jogar em casa, contra o Paraná, no domingo (29), às 11h, pela 16ª etapa do Nacional.
O jogo
A partida começou eletrizante. Logo nos primeiros movimentos de duelo o Atlético-MG saiu em velocidade e chegou à área de ataque do Palmeiras, mas, Marcos Rocha, atento, fez um desarme e recuperou a bola para o Alviverde.
Na sequência, aos dois minutos de bola rolando, o Verdão respondeu com Moisés: se aproveitando de uma falha do zagueiro Juninho na entrada da grande área, o camisa 10 palmeirense não perdoou: bateu de canhota e superou facilmente o goleiro Victor. (Palmeiras 1×0 Atlético-MG)
Por muito pouco, o Maior Campeão do Brasil não ampliou a vantagem logo aos cinco minutos de jogo, novamente com Moisés, que, de fora da área, após cobrança de escanteio de Scarpa, carimbou o travessão! Na sobra, Bruno Henrique ainda aproveitou o rebote e a bola passou bem próxima do segundo pau atleticano.
Após alguns minutos, o domínio que parecia absoluto por parte do Alviverde foi sendo equilibrado, já que o time visitante recuperou a um pouco de sua autoconfiança e passou também a avançar à meta palestrina.
O time do técnico Roger Machado, no entanto, não deixou o Galo crescer no jogo e continuou respondendo com jogadas perigosas e bolas bem trabalhadas, sobretudo no meio de campo.
Aos 30 minutos, Weverton se mostrou seguro ao impedir a investida de Ricardo Oliveira, naquela que pode ter sido a melhor chance do Atlético-MG no primeiro tempo até aquele momento. O arqueiro palmeirense se encarregou de fechar o ângulo do ataque alvinegro e colocar a bola para a linha de fundo.
Até por volta dos 40 minutos de jogo, foi o Atlético-MG que chegou mais vezes ao ataque, porém, sem oferecer grande perigo ao Verdão. Já na reta final da primeira etapa, o Palmeiras voltou a impor um ritmo de jogo mais acelerado na tentativa de pressionar o rival, mas o placar não saiu do 1 a 0 pró Verdão nos 45 minutos iniciais.
Assim como no tempo anterior, a etapa derradeira começou eletrizante, mas desta vez foi o Atlético-MG que chegou ao gol rapidamente, com Luan, aproveitando rebote de Weverton, que havia feito difícil defesa na cabeça de Matheus Galdezani. (Palmeiras 1×1 Atlético-MG)
Com o empate e o resultado em aberto, o jogo continuou em clima de disputa quente, com os dois clubes criando chances lá e cá. Aos 20 minutos, Roger Machado decidiu mexer no Verdão pela primeira vez, colocando Hyoran no lugar de Gustavo Scarpa.
Com a alteração de Roger, o Palmeiras deu continuidade à disciplina tática que vinha apresentando. Não demorou muito e, aos 30 minutos, em uma bola parada, Bruno Henrique chegou ao gol, de falta: o meia bateu de perna direita, com precisão, e a bola passou pela barreira antes de entrar no ângulo oposto do qual estava posicionado o goleiro Victor – a pelota ainda havia batido sutilmente no travessão. Golaço! (Palmeiras 2×1 Atlético-MG)
Aos 33 minutos, visando equilibrar renovar o fôlego do meio de campo, o meia Jean entrou no lugar do atacante Dudu. Dessa forma, a ideia era de que o Palmeiras tivesse mais consistência em suas jogadas.
Porém, aos 35 minutos aconteceu o inesperado: o Atlético-MG chegou ao gol de empate com o colombiano Chará, que bateu colocado de fora da área. (Palmeiras 2×2 Atlético-MG)
Sem se deixar abalar, o Palmeiras continuou buscando o resultado. O treinador Roger Machado apostou em sua última alteração para chegar ao tão esperado gol da vitória, colocando o atacante Deyverson no lugar do volante Felipe Melo, deixando o time mais ofensivo, indo para o tudo ou nada, aos 37 minutos.
E foi justamente dos pés de Deyverson que saiu o passe para o gol de Bruno Henrique, que heroicamente cabeceou contra a meta de Victor já nos descontos, aos 49 minutos, em lance que nasceu de cobrança de falta com Marcos Rocha. (Palmeiras 3×2 Atlético-MG)
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Antônio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa; Felipe Melo (Deyverson, aos 37’/2ºT), Bruno Henrique e Moisés (Jean, aos 33’/2ºT); Gustavo Scarpa (Hyoran, aos 20’/2ºT), Dudu e Willian. Técnico: Roger Machado.
Gols: Moisés, aos 2’/1ºT (1-0), Bruno Henrique, aos 30’/2ºT (2-1) e aos 48’/2ºT (3-2)
Cartões amarelos: Moisés e Edu Dracena