O Palmeiras visitou a equipe do Bahia, na Arena Fonte Nova, na tarde deste domingo (16), pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, e empatou por 1 a 1, após sair perdendo com gol sofrido no primeiro tempo e deixar tudo igual com gol de Felipe Melo, de cabeça, após cobrança de escanteio de Dudu, aos 32 minutos da etapa derradeira. Com o resultado, o Verdão segue na 3ª colocação, com 47 pontos, a apenas três pontos do líder, São Paulo, e dois do vice-líder, Internacional – vale lembrar que o Colorado ainda joga pela 25ª rodada nesta segunda-feira (17), às 20h.

Ao ter empatado com o Bahia, o Palmeiras alcançou a marca de dez jogos de invencibilidade no torneio nacional. A sequência sem derrota na competição contempla triunfos contra os seguintes adversários: Paraná, Vasco da Gama, Vitória, Botafogo, Chapecoense, Atlético-PR e Corinthians. Os empates foram contra América-MG, Internacional e, agora, Bahia.

A última vez em que o clube permaneceu tantos jogos sem ser derrotado no Brasileirão aconteceu em 2016, ano em que conquistou o título. Naquela oportunidade, a série invencível durou 15 embates.

Com o resultado de hoje, o Palmeiras chegou a sete jogos invictos fora de seus domínios: são três resultados positivos (Cerro Porteño-PAR, Vitória e Chapecoense) e quatro empates (Bahia, duas vezes, América-MG e Internacional), com oito gols marcados contra apenas dois sofridos. Ao todo, jogando fora de casa, são 30 jogos disputados em 2018, com 18 vitórias, oito empates e apenas quatro derrotas, com 48 gols marcados contra 14 sofridos, e um aproveitamento de 69%.

Atualmente, o Palmeiras ostenta um tabu positivo diante do Bahia, ampliado após o duelo deste domingo (16): não perde para o rival baiano desde 2012. Neste intervalo, os times se enfrentaram em nove ocasiões, com cinco vitórias do Palmeiras e outros quatro empates. E dentro desta série invicta, o saldo de gols também favorece a equipe palestrina, que balançou as redes adversárias 14 vezes contra seis gols sofridos.

O último revés do Verdão sofrido para o Tricolor jogando em território baiano aconteceu em outubro de 1988, portanto, há quase 30 anos. Desde 1991, as equipes se enfrentaram 13 vezes no estado nordestino, com oito triunfos alviverdes e cinco empates (19 gols marcados e nove sofridos).

O Palmeiras ampliou ainda seu saldo frente a equipes baianas. Além do próprio Bahia, o Palmeiras já enfrentou outras cinco equipes da região: Botafogo-BA, Galícia, Vitória da Conquista, Vitória e Ypiranga-BA. No retrospecto estatístico agregado de todos esses clubes contra o Verdão, a vantagem ainda assim é palmeirense, com 54 vitórias contra 19 derrotas em 101 jogos (além de 28 empates). Foram 174 gols marcados e 107 sofridos.

Em 2018, fora de casa, o Palmeiras vem sendo um verdadeiro visitante indigesto: venceu todos os jogos da Libertadores que disputou, dentre eles, o Boca Juniors, em plena La Bombonera – os únicos brasileiros que haviam batido o time xeneize até então foram o Santos de Pelé (1963), o Cruzeiro (1994), o Paysandu (2003) e o Fluminense (2012). Além disso, já havia vencido o rival Corinthians por 1 a 0 na arena do adversário, pelo Paulista, e, mais tarde, ainda iria superar o Grêmio, na casa do time gaúcho, onde o clube tricolor estava invicto há 15 jogos, em um total de quatro meses.

Vale lembrar que, ainda neste ano, o Verdão chegou a ter incríveis 84,4% de aproveitamento dos pontos conquistados como visitante na temporada, superando fronteiras e figurando, desta forma, na 3ª colocação dentre as 18 principais ligas profissionais de futebol do mundo – à época, atrás apenas do Bayern de Munique-ALE (que tinha 86,1%) e Juventus-ITA (com 88,9% no período).

Com a suspensão de Luiz Felipe Scolari, o auxiliar-técnico Paulo Turra voltou a comandar o Palmeiras do banco de reservas. Vale lembrar que o profissional é o 28º ex-jogador da história alviverde a ter dirigido o clube. Entre 2000 e 2001, o ex-zagueiro disputou 41 partidas pelo Verdão (22V, 9E e 10D) e marcou três gols, fazendo parte da campanha campeã da Copa dos Campeões de 2000.

Dentre os nomes que compõem este seleto grupo de jogadores que mais tarde se tornaram técnicos do Maior Campeão do Brasil, destacam-se os de Amílcar Barbuy, Bianco Gambini, Picagli e Sylvio Lagrecca (os primeiros a terem alcançado tal feito, ainda nas décadas de 20 e 30), além de Oswaldo Brandão, Aymoré Moreira e Mário Travaglini, campeoníssimos pelo clube. Antes de Turra, Cuca havia sido o último a integrar este seleto grupo (comandou o Alviverde em 2016 e 2017).

Dentro de campo, alguns jogadores merecem destaque após a partida de hoje: é o caso de Felipe Melo. Autor do gol que garantiu o empate ao Verdão e, de quebra, a sequência invicta ampliada para dez jogos no Brasileirão 2018, o camisa 30 fez boas movimentações defensivas e foi cirúrgico na cabeçada que originou o gol do Palmeiras, após cruzamento de Dudu, no segundo tempo.

O Pitbull, inclusive, possui uma marca curiosa: de acordo com o Footstats, o jogador figura no top 5 dos jogadores com mais viradas de bola nesta edição do Nacional, na 5ª posição, com 21 viradas de bola. Ainda neste top 5, há outro palmeirense: Marcos Rocha, na 3ª posição, com 24 inversões. O líder deste ranking é Vinicius, do Bahia, com 30 viradas de bola.

Outro que brilhou na peleja deste domingo foi Dudu. Após cruzar escanteio na medida para que Felipe Melo cabeceasse para o fundo da rede adversária, o jogador se tornou o primeiro colocado dentre os atletas do Brasileirão 2018 com mais assistências para gol: já são seis até aqui, contanto esta de hoje, diante do Bahia. Agora, o atacante palmeirense divide o topo da lista de garçons da competição nacional com Éverton, do São Paulo, e Ricardo Oliveira, do Atlético-MG.

Além disso, o camisa 7 possui 50 gols pelo Palmeiras desde que chegou ao clube, em 2015, sendo que, destes, 29 foram apenas no torneio nacional. Com isso, o Baixinho ocupa o posto de maior artilheiro do Palmeiras na história da competição disputada no sistema de pontos corridos (desde 2003).

A dupla Bruno Henrique e Lucas Lima também ostenta uma marca curiosa: continuam sendo os atletas do grupo alviverde que mais atuaram neste Brasileirão (22 partidas, de 25 possíveis). O camisa 19 só não atuou diante da Chapecoense, pela 3ª rodada do Nacional, do Ceará, pela 11ª rodada e diante do Corinthians, pela 24ª rodada; enquanto isso, Lucas Lima não marcou presença apenas frente o São Paulo, na 9ª rodada do Brasileiro, diante do Atlético-MG, pela 14ª rodada, e no encontro com o Atlético-PR, pela 23ª rodada.

O meio-campista Bruno Henrique, aliás, possui outra curiosidade pessoal: voltou a ser capitão nesta temporada – algo que se repete pela 16ª vez no ano. Além dele, já iniciaram um duelo trajando o adereço de autoridade máxima outros nove jogadores. São eles: Dudu (27 vezes), Moisés (cinco vezes), Luan (duas vezes), Felipe Melo (duas vezes), Edu Dracena (duas vezes) e Fernando Prass (duas vezes), além de Marcos Rocha, Willian e Victor Luis (uma vez cada).

Já Lucas Lima, camisa 20, também possui uma marca pessoal dentre os jogadores do atual elenco. Com dez assistências, é o jogador que mais colocou seus companheiros cara a cara com o goleiro rival para marcar, sendo o maior garçom do time em 2018 – os números incluem assistências válidas por todas as competições disputadas na temporada.

Os próximos compromissos do Alviverde serão diante do Colo-Colo, do Chile, pela Conmebol Libertadores, em Santiago, na próxima quinta-feira (20), às 21h45; em seguida, o Verdão encara o Sport, em Recife, pelo Campeonato Brasileiro, no dia 23/09 e, na sequência, o Cruzeiro, em Belo Horizonte, pela Copa do Brasil, em 26/09.

O jogo

Os donos da casa começaram imprimindo um ritmo mais forte nos minutos iniciais. Com apenas cinco minutos de bola rolando, Weverton precisou trabalhar e fez uma grande defesa, salvando o Verdão daquele que poderia ter sido o primeiro gol do jogo, após chute venenoso de Zé Rafael.

Após começar bem no jogo, o Bahia aproveitou o embalo e abriu a contagem aos 17 minutos, com Gilberto, após receber passe de Ramires, que havia se infiltrado pela defesa esmeraldina. O atacante do time tricolor não desperdiçou. (Bahia 1×0 Palmeiras)

Após o gol sofrido, o time do Palmeiras mudou sua postura. Embora continuasse sem conseguir criar jogadas promissoras, que de fato levassem perigo à meta baiana, o Alviverde se impôs defensivamente passou a marcar com mais eficiência, sem dar espaço na saída de bola adversária.

Ainda no primeiro tempo, veio a primeira alteração. Aos 35 minutos, o zagueiro Luan sentiu dores musculares e não conseguiu permanecer em campo. Para sua vaga, o auxiliar-técnico Paulo Turra, hoje no comando da equipe, chamou Antônio Carlos, dono da camisa 25.

Com consistência na defesa e boa troca de passes, o Palmeiras melhorou seu desempenho na reta final do primeiro tempo, mas não conseguiu chegar ao gol de empate. Com isso, a primeira etapa foi encerrada ao apito do árbitro Heber Roberto Lopes (SC) com vitória do Bahia por 1 a 0.

No segundo tempo, o Verdão apresentou melhora. Apesar de o Bahia ainda ter chegado ao ataque em algumas ocasiões pontuais, as melhores chances foram do time visitante. Para trazer mais mobilidade, Paulo Turra mexeu novamente na equipe, aos 15 minutos, colocando Dudu no lugar de Bruno Henrique e, depois, tirou Hyoran para a entrada de Willian, aos 26.

Após algumas tentativas, o Verdão não se cansava de insistir, até que, aos 32 minutos do segundo tempo, saiu o tão esperado gol de empate: o Maior Campeão do Brasil deixou tudo igual com Felipe Melo, de cabeça, após cobrança de escanteio batida por Dudu. (Bahia 1×1 Palmeiras)

O gol palmeirense incendiou a partida. O Bahia, que se fechava tentando segurar o resultado positivo, passou a também contra-atacar o Palmeiras, que se mostrava seguro em campo e não deu descanso ao rival até os derradeiros minutos de jogo. Apesar da movimentação intensa de ambos os lados na reta final, o duelo terminou mesmo com empate por 1 a 1.

fonte: palmeiras.com.br

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