quarta-feira, maio 14, 2025
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Padre Ernesto Ascione crê que Papa Leão XIV estará ao lado dos que mais sofrem

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Por

Tatiana Milanez

Repórter

As palavras do missionário comboniano que já atuou na Diocese de São Mateus, padre Ernesto Ascione, sobre a escolha do novo Papa são alegres, festivas e cheias de conhecimento. Em entrevista à Rede TC de Comunicações, ele afirmou estar contente com a decisão dos 133 cardeais que votaram na Capela Sistina, no Vaticano, nesta quinta-feira (8), e elegeram o então arcebispo nos Estados Unidos, Robert Francis Prevost, como o novo Papa.

“Recebo positivamente. Ele [Papa Leão XIV] é um missionário, um religioso agostiniano, arcebispo nos Estados Unidos. Na sua primeira fala, ele agradeceu, por duas vezes, ao Papa Francisco, desejou a paz a todos, e pediu que nós o ajudemos a construir pontes. Isso é muito bonito” – salienta.

Padre Ernesto acredita que o novo Papa dará continuidade à mesma linha pastoral em que o Papa Francisco atuava na Igreja. “Deve seguir nas portas que Francisco abriu tentando ajudar os que ficam para trás a caminhar um pouco mais” – frisa.

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Padre Ernesto Ascione: “Todos aqui estamos muito contentes. Bispo [norte-] americano, mas que tem na alma o espírito de São Francisco de Assis”.
Foto: TC Digital/Arquivo
Para o missionário comboniano, a eleição do novo Papa foi a melhor escolha que os cardeais votantes fizeram. “Todos aqui estamos muito contentes. Bispo [norte-] americano, mas que tem na alma o espírito de São Francisco de Assis. Ele citou também [na primeira fala] a opção preferencial pelos pobres, ou seja, aquilo que pede o evangelho. Não é ideologia, política, filosofia. É estar ao lado das pessoas fragilizadas, marginalizadas, humilhadas, mulheres, crianças, pobres, os que sentem fome, vivem na miséria, sofrem ditaduras e opressões. A Igreja está perto de todos os que sofrem” – reforça.

 

Missionário exalta primeiro discurso do novo pontífice e semelhanças com Francisco

Padre Ernesto acredita que o fato de o novo Papa agradecer ao Papa Francisco por duas vezes no primeiro discurso proferido nesta quinta-feira (8), no Vaticano, é justificado por ele ser da mesma linha pastoral que Papa Francisco, que, segundo o missionário, foi muito à frente durante os 12 anos de papado. Ele pontua também que católicos da antiga formação, os chamados conservadores, são ligados à fé, oração, ao jejum e à esmola, mas “não tocam nos problemas sociais, como fez Francisco”.

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O missionário recorda que o Papa Leão XIII, com o nome de batismo Vincenzo Gioacchino Raffaele Luigi Pecci, tornou-se uma das figuras mais influentes da história da Igreja Católica. “O Papa Leão XIII escreveu uma carta que foi uma revolução naquele tempo [1891], a Rerum novarum, onde abordava os problemas sociais. Foi a primeira vez na igreja em 2000 mil anos que um papa abordou problemas sociais. Sempre dogmáticos, teológicos, bíblicos, espirituais, ele abordou e o mundo moderno passou a ter como centro a pessoa humana, o pobre” – explica.

De acordo com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Encíclica Rerum novarum, de 1891, do Papa Leão XIII, lançou as bases da Doutrina Social da Igreja e ainda hoje é referência em debates sobre justiça social e direitos dos trabalhadores.

 

Foto do destaque: TC Digital/Arquivo

 

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