segunda-feira, maio 12, 2025
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PADRE ERNESTO ASCIONE

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Foto: TC Digital/Arquivo

Domingo do
Bom Pastor

O quarto Domingo de Páscoa é tradicionalmente chamado Domingo do Bom Pastor ou Domingo Vocacional. Neste domingo, a Igreja celebra o 62º Dia Mundial de Orações ao Sacerdócio e à Vida Consagrada, com o tema: “Peregrino de esperança: o dom da vida”. O Bom Pastor ama o seu rebanho e é amado por ele. As ovelhas escutam a voz e O seguem. Ele está vivo e fala: pela voz da consciência de cada um, pelo magistério dos nossos legítimos pastores, pelas Sagradas Escrituras e pelos sinais dos tempos. Grande é a tentação em seguir outras vozes: elas tentam nos afastar dEle e daqueles que Ele constituiu pastores de seu rebanho.
Vocação vem do latim: “vocare” (chamar). É a escuta interior de um apelo, que dá um sentido novo e profundo à nossa vida. Deus chama a todos de forma insubstituível: ao “chamado divino” corresponde a resposta humana. Ela se articula em três níveis: todo homem é chamado a crescer em humanidade até alcançar a sua plenitude. Seguir a Cristo e crescer, no conhecimento e na graça dEle, não é opção, mas obrigação. Cada um, em seu estado específico de vida –como, leigo (a), casado (a), solteiro (a), padre, religioso (a), missionário (a) ou diácono permanente– é chamado a dar uma resposta a esta voz.
Protótipo dos chamados é Abraão; Cristo é “o chamado por antonomásia”. Ele –enviado do Pai para fundar o Reinado de Deus sobre a terra– chamado, chama por sua vez discípulos para segui-Lo e dar, assim, continuidade a sua obra messiânica. A Igreja, – “prolongamento de Cristo” na história, “Corpo” de que Cristo é a cabeça, “esposa” de que Cristo é o Esposo; “Jerusalém celeste”; “nossa mãe”; “casa de Deus”; “Templo do Espírito Santo”, é o “novo povo de Deus”. “Na eucaristia, todos os povos fundem-se em um só povo, unido e articulado, repleto de dons ministeriais e carismáticos” – (Papa Bento XVI.).
Dons ministeriais: Cristo entrega a Pedro e aos Doze a responsabilidade de cuidar de seu rebanho. Em particular, a Pedro dá as “chaves” de sua Casa, para “proibir ou permitir; excluir ou admitir”, prometendo-lhe sua contante oração e assistência em sua missão. “O ministério eclesiástico é de instituição divina e é exercido –afirma o Concílio Vaticano II– em diversas ordens, por aqueles que desde a antiguidade são chamados, bispos, presbíteros e diáconos”. Pelo sacramento da ordem, os “chamados” são ungidos pelo Espírito Santo e assinalados com um caráter especial, que os configura a Cristo, Sacerdote, Profeta e Pastor.
Dons carismáticos: feitos filhos de Deus, os que recebem o batismo tornam-se membros de Seu corpo, participantes de Suas prerrogativas messiânicas – sacerdotal, profética e pastoral. “A Igreja será ela mesma –afirma Papa Francisco– na medida em que os seus membros crescerem na fé e na caridade. Os pastores –embaixadores de Cristo e administradores dos bens da salvação– protegem o rebanho das falsas doutrinas e manipulações do Evangelho e o congregam em madura unidade”. O Espírito Santo suscite numerosas vocações para renovar a Igreja e fazer da humanidade um povo livre, fraterno e feliz.

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(Padre Ernesto Ascione é missionário comboniano.)

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