A artista Shila Joaquim encerra nesta sexta-feira (20) a oficina Iniciação em Cerâmica Artística, na sede do Projeto Vida Plena, anexa à Igreja Sagrada família, no bairro Areinha. Atividade que começou terça-feira, com aulas de 13h às 16h, faz parte do Projeto Casa de Troca, aprovado no edital 016/2017 da Secretaria Estadual de Cultura.

Shila relata que 13 pessoas residentes na Grande Pedra D’água, no Bairro Porto, na área central de Guriri e no Bosque da Praia estão participando da oficina. No primeiro dia, as alunas aprenderam a deixar a massa da argila pronta para o trabalho e tiveram o primeiro contato, produzindo potes e uma boneca. Elas receberam a tarefa de idealizar em casa uma peça que gostaria de fazer e iniciaram a produção quarta-feira, que será concluída sexta-feira. Entre as peças têm utilitários e produtos decorativos, incluindo figuras humanas.
“A característica da oficina de criação é cada um fazer o que deseja”, ressaltou Shila. A artista frisa que o objetivo é que seja formado ceramista que conheça várias técnicas, seja consciente do ofício, criativos e que também dialoguem com a comunidade. Outras duas oficinas de iniciação serão realizadas com mulheres do Movimento dos Pequenos Agricultores e no Bosque da Praia. Antes, na semana que vem, tem oficina sobre cores da terra com a artista Suely Venâncio, de Mantenópolis, no ateliê no Bosque da Praia.
Oportunidade para aumentar a renda
Alunas que participam da oficina Iniciação em Cerâmica Artística encaram com uma oportunidade de aprender um ofício que pode proporcionar aumentar a renda de casa. Entusiasmadas pelas aulas da artista Shila Joaquim, que terminam nesta sexta-feira no Bairro Areinha, duas delas ressaltam que o objetivo é perfeiçoar-se ainda mais na arte do barro.

Artesã e voluntária no projeto Vida Plena, Adriana Gomes da Silva, 36 anos, é uma das alunas da oficina. “É o primeiro contato com a cerâmica. Estou achando o máximo porque sempre quis aprender, sempre vi colegas mexendo e tive esta curiosidade. Agora que teve esta oportunidade não deixei escapar. Eu pretendo desenvolver mais o que eu aprendi de cerâmica, produzir mais e conseguir ter mais renda e também decorar minha casa” – adianta.

A pescadora Maria Izabel Pereira da Silva, 58 anos, também voluntária do projeto Vida Plena, disse que era o primeiro contato com a cerâmica. “A oficina é ótima”, destacou. Maria Izabel salienta que já trabalhava com artesanato e vislumbra futuramente produzir peças de cerâmica para vender. “Bom para aumentar a renda para nós”, enfatiza.