Aquela não era uma noite qualquer. Algo muito diferente estava acontecendo lá fora em algum lugar da pequena vila de Belém. O povo havia perdido a confiança nos governantes e não tinha mais esperança de um futuro melhor. Com tanta tristeza no coração, eles perderam a fé e as trevas daquela noite tinham invadido a própria alma deles. Por este motivo, ninguém quis abrir a casa quando um homem bateu à porta pedindo um lugar para passar noite com sua mulher prestes a dar à luz a uma criança.

Sem lugar para passar aquela que prenunciava ser a noite mais fria dos últimos anos, aquele casal encontrou uma gruta onde os animais se abrigavam e ali permaneceram. Em meio à escuridão e ao frio daquela noite, as dores do parto chegaram e logo um choro de um bebê recém-nascido pôde ser ouvido, bem longe das casas que se negaram a abrigar aquele casal. Alguns até se arrependeram, mas já não podiam fazer mais nada.

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Não muito longe dali, alguns pastores dormiam enquanto suas ovelhas estavam no campo. Eis que uma multidão de anjos começou a cantar em coro, e uma luz ofuscante brilhou ao redor deles. Eles foram informados de que, em algum lugar em uma manjedoura, havia nascido uma criança que traria de volta a esperança para todo o povo.

Os pastores foram até onde a criança havia nascido e de fato encontraram ali o Rei bebê, tão humilde e tão pequeno. Eles até pensaram em seus corações: O que este bebê tem de tão especial? O que o faz diferente dos outros que nasceram nesta cidade nos últimos anos?

Aquele neném não era diferente de nenhuma outra criança nascida naquele tempo, ele era bem normal. Chorava como qualquer outra criança, mamava e dormia como outra qualquer. Não dava para entender que aquele era o plano de Deus, trazer de volta a esperança para o povo de uma forma tão simples e delicada. Como poderia aquele bebê salvar o mundo todo?

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Acontece que Deus escolheu as coisas simples deste mundo para confundir as fortes. Ninguém imaginava que ali naquela manjedoura havia nascido o Senhor dos senhores, o Rei dos reis, o criador do Universo e salvador da humanidade.

Quando perdemos a esperança, perdemos também as maiores oportunidades das nossas vidas. Aquelas pessoas, que não abriram as suas casas para o menino Jesus nascer, perderam o maior dos privilégios que poderia ser dado a uma família.

O nascimento de Jesus nos ensina que, por mais escura que seja a noite, surgirá no horizonte a fulgurante estrela da manhã prenunciando o nascer de um novo dia. Por maior que seja o nosso sofrimento e angústia, seremos confortados por aquele que cuida de nós como um pastor cuida de suas ovelhas.

Quando as trevas invadem nossa alma, a tendência é nos fecharmos para o mundo e a noite ficar ainda mais escura e fria. Quantas pessoas perderam a esperança de uma vida melhor e estão a ponto de desistirem de tudo?

A mensagem do nascimento de Jesus aquece o nosso coração com esta esperança viva. Não estamos abandonados e sozinhos, existe alguém que nos ama com amor eterno. Mesmo que, se alguma vez na vida já tenhamos fechado nossos corações para o Salvador, ele sempre volta à porta para tentar de novo. E ele mesmo diz: “Eis que estou à porta e bato, e, se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei em sua casa cearei com ele e ele comigo”.

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Da mesma forma que o casal Maria e José bateram à porta das casas em Belém da Judeia, hoje Jesus bate à porta de nossos corações. Hoje ele quer trazer ao seu coração a luz verdadeira. Assim como aqueles pastores no campo viram a luz dos céus brilhar ao seu redor, aquele que receber o Salvador nunca mais andará em trevas, porque a luz divina habitará em sua vida.

Um Natal com muita bênção e muita luz divina para todos!

Por
Ednan Dias – Pastor-presidente 2ª Igreja Batista

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