
Morando nos Estados Unidos há um ano e natural de Mantena (MG), Kênia Miranda de Oliveira residiu em São Mateus enquanto cursava faculdade de Engenharia Química. Ela diz que, por lá, a doença tem ampliado muito e já presenciou de perto uma vítima infectada.

“Minha amiga Letícia viajou para a Flórida e, quando retornou, começou a sentir febre, dor na garganta e muita tosse. Hoje ela se encontra internada com batimento cardíaco acelerado e problemas na respiração, constando coronavírus. Está uma loucura: hospitais cheios, sem leitos disponíveis para tantos casos, supermercados com muita escassez. Falta papel higiênico, água, alimentos enlatados e alimentos perecíveis” – relatou.
Segundo ela, o desabastecimento ocorre porque os norte-americanos são precavidos e fizeram um grande movimento nos supermercados. “Hoje, encontramos prateleiras muito vazias e nada mais. Inclusive trabalho em mercado brasileiro e até então nosso estoque de arroz, café e feijão foi esgotado. Estamos repondo mercadorias esta semana e não temos previsão de quando chegará mais” – afirmou.
Ela diz que grandes redes, como Walmart, Market Basket, Stop&Shop, estão abertas, porém com horários reduzidos porque não estão reabastecendo os estoques. “Está um verdadeiro caos”.
De acordo com Kênia, setores como o da construção civil, de limpeza de casas, estão todos parados devido aos cancelamentos. “Lojas fechadas, bares, lanchonetes e restaurantes. Somente delivery está funcionando. Eventos cancelados e uma população em pânico. Estou trabalhando normalmente em um açougue brasileiro, Family Meat Market, e sigo tendo os cuidados básicos de proteção e pedindo proteção a Deus”.
Massachusetts (EUA)
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