Mateense residente há seis anos em Genebra, Micaela Delacenta, 24 anos, disse que a vida dela já voltou ao normal na Suíça. “Nem parece que teve vírus”, constata. Babá, formada pelo Petit Enfance, ela voltou a trabalhar no dia 11 de maio, quando comércio e escolas também reabriram após um rigoroso isolamento social.
Micaela detalha que a Suíça teve 31.131 casos confirmados de covid-19 e 1.677 pessoas morreram pela doença. Ela salienta que em alguns momentos a situação na Suíça ficou crítica, mas foi logo controlada com um rigoroso isolamento social. Cumprindo todas as normas, a mateense escapou do contágio.
“Lagos, restaurantes, boates voltaram, festas, tudo”, relata Micaela. Ela destacou que as fronteiras da Suíça foram reabertas para o turismo nesta segunda-feira (15), menos para brasileiros, que estão proibidos de entrar devido a gravidade da situação da pandemia do novo coronavírus no Brasil. A mateense lamentou que uma irmã iria de férias para a Suíça, mas não pode mais.
Depois de ficar aproximadamente 65 dias em isolamento social, Micaela lembra que a sensação quando saiu para trabalhar pela primeira vez e do momento de passeios que já fez é de uma felicidade que não consegue medir. “De saber que pode voltar sem medo, de liberdade. Antes parecia uma prisão domiciliar. Se saísse era multa se não tivesse uma justificativa”, contou.
REPERCUSSÃO NEGATIVA DO BRASIL
Micaela detalha que na Suíça estão falando muito negativamente do Brasil, em decorrência dos posicionamentos do Governo Federal em relação à pandemia do novo coronavírus: “Que está no precipício, que temos um presidente perigoso, que é louco. É tanta coisa que dá vergonha. É só abrir a boca e falar que é brasileiro que já começam, que ele é igual a Trump. Fora que o preconceito cresceu” – lamentou.
