As mulheres estão cada vez mais presentes no agronegócio, um universo com forte predominância masculina. Seja pela forma de atender, seja de negociar, elas também se destacam por levarem tecnologia aos meios produtivos, como sistemas de irrigação sustentáveis.

Dados do Censo Agropecuário 2017 apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019 apontam que o número de mulheres que lideram propriedades rurais cresceu de 12,68% para 19% no Brasil. No Espírito Santo, são mais de 14 mil estabelecimentos com liderança feminina (14% do total).

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), atualmente as mulheres representam 43% da força de trabalho rural mundial, e a participação delas no cultivo de alimentos, pecuária, educação, serviços financeiros, extensão, tecnologia e emprego rural resultam em um aumento significativo da produtividade com sustentabilidade.

DE MÃE PARA FILHA

Presente no mundo agro há 14 anos, Marinalva Carminate, 45 anos, administra a produção de café conilon e pimenta bragantina e tucunadã na Fazenda Água Limpa, em Jaguaré. Ela testemunha de perto o crescimento da participação feminina no agronegócio, ao ver a filha Pâmela, de 26 anos, formada em Engenharia Química, tomar gosto pelo trabalho no campo, conforme destaca a assessoria Vera Comunicação, que presta serviços para a empresa Hydra Irrigações, com sede em Linhares.

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“Ela me acompanha, gosta dessa área e já cuida de parte da administração junto comigo. A participação da mulher no agronegócio está mudando e fazemos um trabalho importante. Temos paciência para lidar com as pessoas. É uma área que gosto muito, mas a mulher que quiser trabalhar nela precisa ter em mente que o retorno é lento e que é difícil encontrar mão de obra qualificada” – explica.

CRISE HÍDRICA

Marinalva conta que, em época de safra, o trabalho começa às 6h30 e termina às 17 horas. Há cerca de dois anos, ela também apostou numa mudança tecnológica na irrigação por causa da crise hídrica que o Estado passou. A terra, que antes era irrigada por aspersor canhão, hoje utiliza o sistema por gotejamento.

FOTO DE DESTAQUE: Vera Comunicações/Divulgação

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