ALFREDO HENRIQUE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A polícia investiga o estupro de uma menina de 12 anos dentro de uma escola estadual de Osasco (Grande SP). O crime teria ocorrido por volta de 8h30 ao lado da quadra de esportes da instituição de ensino, durante o horário da aula de educação física da vítima. O acusado do crime não havia sido identificado até a publicação desta reportagem.
A Polícia Militar foi até o colégio e o caso está sendo investigado pelo 4º DP de Osasco.
A menina afirmou ao Agora que um colega de classe a chamou para colher flores, no pátio da escola. Quando a adolescente chegou ao local, outro jovem, ainda não identificado, se aproximou da garota perguntando se ela tinha namorado. “Nessa hora, o menino que me levou até lá saiu e me deixou sozinha com o outro. Ele [acusado] falou que eu era bonita e se eu tinha namorado. Respondi que sou muito nova para isso”. O garoto teria dito à ela que também seria aluno da escola, mas do período noturno.
Em seguida, segundo a menina, o suspeito começou, à força, a retirar a roupa da vítima, afirmando que a mataria caso gritasse pedindo ajuda. Depois da violência sexual, o acusado fugiu pulando o muro da escola, segundo ela contou à polícia.
Após o estupro, a jovem procurou pela coordenadora da escola. Como sua roupa estava manchada de sangue, a menina, a princípio, disse que havia menstruado, pedindo ajuda à mulher. Depois, contou a uma professora que havia sido estuprada.
A mãe de garota, uma faxineira de 28 anos, trabalhava quando a diretoria da escola lhe telefonou. “Falaram para eu ir até a escola, mas não entraram em detalhes”, diz. Quando chegou ao colégio, ficou assustada ao ver carros da Polícia Militar e do Conselho Tutelar. Dentro a escola foi informada do estupro.
A menina foi encaminhada ao pronto-socorro Amador Aguiar, onde foi submetida a uma cirurgia de reconstrução das partes íntimas. A vítima teve alta por volta das 14h desta sexta-feira (8). A jovem estudava desde o início do ano da escola estadual, cursando o 6º ano do ensino fundamental.
Polícia  A Polícia Civil de Osasco afirmou que já enviou um ofício à escola para que a instituição forneça os dados do colega que levou a menina ao pátio antes do estupro. “Ele [estudante] será ouvido com a presença de seus responsáveis”, afirmou uma policial.
A reportagem apurou que, após o crime, a direção da escola mostrou à vítima as fotos de alunos do período noturno e vespertino da unidade de ensino. A vítima, porém, não reconheceu nenhum dos estudantes como o autor do crime.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB), foram registrados 124 estupros em Osasco entre janeiro e setembro deste ano. Deste total, 95 foram estupros de vulneráveis, representando 76,6%.
Resposta  A Secretaria da Educação, também sob gestão João Doria, afirmou que a Diretoria Regional de Ensino de Osasco vai instaurar uma apuração preliminar sobre o caso e que também vai envia um supervisor à unidade.
A pasta acrescentou que os responsáveis pela vítima, assim como Conselho Tutelar, foram acionados. “A aluna foi prontamente socorrida. O boletim de ocorrência foi registrado e a escola colabora com a Polícia Civil para investigação do caso”, diz trecho de nota.
A administração regional afirmou  prestar apoio à mãe da vítima e que está à disposição para qualquer esclarecimento.

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