Esperar o pior, se preparando e torcendo que esse pior não chegue. A reflexão é do experiente médico Jorge Silva sobre a pandemia do novo coronavírus. Diante deste cenário, de avanço da Covid-19 no Brasil e no Espírito Santo, o urologista frisa que a melhor conduta da população é mesmo ficar em casa.

Ex-deputado federal com dois mandatos com atuação nas questões de saúde no Congresso Nacional, Dr. Jorge salienta que as pandemias são situações esperadas, já previstas na literatura médica, de cientistas e outros pesquisadores que estudam sobre vírus. “Mas na hora que chegam, terminam causando um caos grande. Esse vírus chegou com esse perfil” – comenta. Neste cenário de vírus novo, Jorge Silva disse que é preciso ouvir técnicos e especialistas.

O médico disse que está cumprindo o plantão no Hospital Roberto Silvares, em urgências urológicas, mesmo em idade que autoriza a dispensa. “Fiz a opção de trabalhar, até numa questão de dar tempo enquanto as instituições se organizam”, afirma.

Seguindo orientação do Conselho Regional de Medicina, Dr. Jorge suspendeu, assim como outros profissionais, o atendimento em consultório particular. No Centro Regional de Especialidades, as atividades também foram suspensas, por não serem atendimentos de emergência.

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O médico frisa que a disseminação de vírus está mais presente neste momento em grandes centros, como as capitais. Ele prevê que posteriormente a expansão atingirá centros menores.

Dr. Jorge avalia que as medidas em São Mateus estão sendo tomadas de forma correta, do ponto de vista de fazer com que a população seja orientada a ficar em casa, evitando também contatos com as pessoas acima de 60 anos.

“Que seja um número que não venha a sobrecarregar”

O médico Jorge Silva reforça que o Hospital Roberto Silvares está sendo preparado para ser referência no atendimento a pacientes contaminados com o novo coronavírus que necessitarem de assistência ventilatória. “A gente espera que seja um número que não venha a sobrecarregar”, salienta. Já aqueles que não tiverem sintomatologia grave deverão ficar em quarentena doméstica.

Dr. Jorge orienta a população a seguir as recomendações e evitar sair de casa, mantendo cuidados de higiene, com utilização de álcool em gel e lavagem das mãos, sem contato com pessoas idosas.

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“Precisamos criar uma corrente do bem, ajudar as pessoas que mais precisam, não esperar só do poder público”, convoca o médico.

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