Com a melhora nos indicadores da pandemia de coronavírus, praias e espaços abertos voltam a ser procurados para o lazer. Com quase dois anos de restrições de circulação, poder curtir a estação mais quente do ano, o Verão, que começa no dia 21, é um alívio para quem anseia sair de casa, mas representa um risco alto de incidência de câncer de pele.

O alerta é do médico radioterapeuta Carlos Rebello, diretor clínico do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV). Segundo ele, o momento atual da pandemia pede atenção às recomendações sanitárias, que devem ser agregadas a uma rotina de prevenção de fotoproteção.

“Os cuidados com relação ao sol devem ser mantidos, evitando o horário entre 10h e 16h. Com relação à proteção solar, o recomendável é usar filtros contra raios UVA e UVB com FPS 30 ou superior, tanto para o dia a dia quanto para a exposição prolongada. E não podemos abrir mão dos cuidados contra a covid-19” – explica o médico.

De acordo com o especialista, a dica é aplicar o protetor solar em todas as áreas do corpo, sem esquecer das mãos, orelhas, nuca e pés, 30 minutos antes de se expor ao sol, para que a pele possa absorver o produto de forma uniforme. E reaplicar o filtro a cada duas horas ou após sair da água.

Carlos Rebello
Foto: Divulgação

Carlos Rebello recomenda um cuidado especial com as crianças: “Para a criança, o indicado é o filtro solar com FPS 30. Mas se ela tiver pele clara, o ideal é optar por um FPS 40 ou 50. A orientação é aplicar nos pequenos acima de 6 meses. Além disso, usar roupas leves, boné, óculos, guarda-sol, hidratar bem a garotada e ter cuidado nessa época de Covid com o álcool, pois pode ressecar e dar reação de pele. Sempre que possível, lave as mãos com sabonete”.

 

Verão com pandemia

Vitória – No Dezembro Laranja, mês dedicado à prevenção ao câncer de pele, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançou a campanha Adicione mais fator de proteção ao seu Verão, em que deixa claro que o momento pede que junto com o uso do álcool gel, máscara e distanciamento, os brasileiros cultivem o hábito de se protegerem da radiação solar.

A incidência do câncer de pele no Brasil é maior do que os tumores de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença representa 27% de todos os tumores malignos no País.

“Os carcinomas basocelular e espinocelular (não melanoma) são responsáveis por cerca de 180 mil novos casos da doença por ano no Brasil. Já o câncer de pele melanoma tem cerca de 8,5 mil novos casos anualmente” – afirma o médico.

 

SINAIS DE ALERTA

Carlos Rebello alerta para alguns sintomas que servem de alerta para os tumores de pele.

“Pessoas que apresentam muitos sinais e manchas pelo corpo, pintas que coçam ou sangram, histórico familiar de câncer de pele ou lesões que estejam crescendo devem procurar o médico dermatologista para uma avaliação mais criteriosa”, orienta o especialista.

O tratamento do câncer de pele varia e pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. “Tudo vai depender da forma como se encontra a doença. O melhor cuidado que podemos ter contra este tipo de tumor é a prevenção”, afirma o médico.

 

Foto do destaque: Divulgação

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