“Do outro lado do morro tem gente, gente que nem eu”. Com esta letra e o coração cheio de amor e muitos sonhos na cabeça, jovens mateenses encaram, a partir do dia 14 de julho, o desafio de encantar o público, e jurados, na 19ª edição do Festival de Forró de Itaúnas. A banda Cateretê, idealizada por Danilo Baldo junto com amigos, possui seis integrantes, dos quais quatro são mateenses. Em entrevista à Rede TC, Danilo, que toca triângulo, afirmou que o sonho de apresentar uma canção no Fenfit existe desde os tempos de faculdade, quando alguns componentes do grupo estudavam juntos no campus da Ufes de Alegre e montaram o Trio Forro-Zinho, em homenagem ao Mestre Zinho, um dos grandes nomes do forró pé-de-serra do Brasil.

Agora, repaginada e com novos integrantes, a banda sonha alçar voos mais altos. “O primeiro sonho já realizamos que é estar no maior festival de forró do mundo. Nosso objetivo é classificar para as finais. Queremos ser campeões” – afirma Danilo. Ele disse também que a proposta é apresentar músicas de qualidade e, se cair no gosto popular, fazer apresentações por todo o Brasil e até pela Europa. “Existem muitos festivais de forró na Alemanha e até na Rússia”, pontuou.

A banda Cateretê é formada pelos mateenses Danilo Baldo (triângulo), Léo Maria (violão), Johnny (zabumba) e Théo Pastorini (baixo), além de Luiz André, o Pemba, (vocal), de Vitória, e Stanislau (sanfona), de Linhares. Conforme explicou Danilo, a banda surgiu em meados de 2017, no entanto, o grupo começou a tocar juntos em 2008.

MÚSICA

A música que será apresentada no Fenfit é Gente que nem eu, composta por Léo Maria. Danilo conta que o músico passou uma temporada em Portugal fazendo pós-graduação e retornou recentemente. Ele enfatiza que a letra destaca os valores culturais e a beleza do Espírito Santo, além de incrementar no forró instrumentos típicos do Espírito Santo, como os tambores do Ticumbi e a casaca do Congo.

Um fã-clube de mães

A banda mateense Cateretê pode ainda não ter alçado ao sucesso nacional ou internacional, como almejam os integrantes, mas já tem o seu fã clube garantido, conforme destaca a coordenadora de projeto social Joana da Silva Assunção, mãe do zabumbeiro Johnny Assunção de Almeida. De acordo com ela, junto com outras mães, pretende acompanhar a apresentação da banda do filho no Festival de Forró de Itaúnas. “Isso é tudo muito novo para mim. Nunca estive no festival de Itaúnas, não sei como é, só ouço falar. É uma paixão que eles têm que eu nunca vi” – disse, emocionada.

Joana afirma que está combinando com outras mães e diz que vai ficar na torcida numa espécie de fã-clube exclusivo. “Quando eu conheci a música e vi o trabalho maravilhoso deles, comecei a divulgar e quero que todos também conheçam. Nunca me interessei pelo forró. Mas o coração da gente é incrível. Como isso tudo mexe com a gente?”.

GENTE QUE NEM EU
(Léo Maria)
Raiou, o dia raiou
povo levanta, sacode a poeira, confia na Penha e na graça de Nosso Senhor
Na Terra a Vitória do Espírito Santo tem casa,
tem gente, tem cheiro e tem cor

Do outro lado do morro tem gente, gente que nem eu
Do outro lado do morro tem gente, gente que nem eu
Gente que trabalha e confia
Gente que nem eu
Gente que batalha na vida
Gente que nem eu

Do outro lado do morro tem gente, gente que nem eu
Do outro lado do morro tem gente, gente que nem eu
Gente que trabalha e confia
Gente que nem eu
Gente de esperança e alegria
Gente que nem eu

É uma gente que faz com que tudo acontece, que nem eu
É uma gente de roga que faz sua prece, que nem eu
É uma gente de Praia, Montanha e de Dunas, que nem eu
É uma gente do rock, do congo e do xote, que nem eu

Iaiá você vai a Penha?
Me leva ôh, me leva.
Iaiá você vai a Penha?
Me leva ôh, me leva.

 

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