“Quem não sonhou em ser um jogador de futebol?”. Na canção Uma Partida de Futebol da extinta banda mineira Skank, essa é a pergunta que norteia a música e certamente a vida de milhares de pessoas. O mateense Kaendriky Campos Martins, de 10 anos, está correndo atrás desse sonho. Ele almeja ser jogador profissional de futebol desde os seis anos e há quatro meses está nas categorias de base do América-MG.
Pai do atleta, o construtor civil Kaique dos Santos Martins contou detalhes da ida do filho para o América em entrevista à Rede TC de Comunicações. Segundo Kaique, após a participação de Kaendriky na Copa Richarlison, que aconteceu em Nova Venécia no início do ano, um observador técnico do América-MG ofereceu a aprovação dele no time mineiro. “Ele havia passado no Fluminense, mas precisaria voltar ao clube para fazer mais um teste. Como o observador do América-MG disse ao Iran [Dias], professor do Kaendriky na época, que já levaria ele aprovado, decidimos não voltar ao Fluminense. No dia 4 de dezembro faz quatro meses” – reforça Kaique.
O pai relata que Kaendriky começou a treinar na escolinha de futebol do Cepe aos seis anos sob as orientações do professor Iran Dias. “Ele quer muito ser jogador de futebol, é o sonho dele. Desde sempre, bem pequeno” – afirma.
Segundo Kaique, aos nove anos o filho participou de um jogo amistoso pelo Cepe em Belo Horizonte e foi chamado para a primeira avaliação dele, no Cruzeiro. Depois, fez testes no Atlético e também no Bahia. Passou no Fluminense, mas optou pelo convite do Coelho onde está atualmente. “Kaendriky treina como zagueiro no América-MG e está sendo visto com bons olhos. Acho ótimo para ele e para a família. É o futuro dele que está ali e o mais importante é que ele quer” – enfatiza.
Melhor aluno da sala
De acordo com Kaique, a adaptação com a mudança de cidade, de rotina e de escola, está ocorrendo de forma tranquila. E ressalta que Kaendriky foi eleito o melhor aluno da sala. O atleta cursa o 4º ano do ensino fundamental.
“Graças a Deus a adaptação com a mudança está sendo boa, mas confesso que no início não foi fácil. Quando a minha família se mudou a minha esposa Luciana estava grávida, com diabete gestacional, e não tínhamos nada para a casa, fomos comprando aos poucos. Matriculei o Kaendriky na escola e voltei para São Mateus. Graças a Deus, um vizinho se prontificou a ajudar e levava o Kaendriky para treinar e para a escola, por conta do repouso da minha esposa” – frisa.
“Deus é tão bom que agora, no resguardo, a minha mãe está acompanhando a minha esposa e levando o Kaendriky para os treinos. Em dezembro eles vêm porque o Kaendriky entra de férias. Eu ainda não posso ir porque trabalho com construção civil e tenho os meus contratos aqui em São Mateus. O Kaendriky é um menino esforçado, dedicado e muito educado. Não é porque é meu filho, mas ele realmente tem todas essas qualidades. Carrega isso com ele, graças a Deus. Nas férias ele vai continuar os treinos em São Mateus, no Cepe, e também no funcional” – complementa.
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