A poucos meses de completar 50 anos, a técnica de enfermagem Lúcia Andrea de Araújo Santos resolveu aderir à prática de esportes radicais. Acostumada com as atividades físicas, ela conta que ficou afastada por um período, mas voltou a se exercitar no início deste ano, quando se interessou pelo rapel.
Segundo ela, a adesão ao rapel foi para sanar crises de ansiedade e melhorar o bem-estar. A atividade consiste em descer um paredão, cachoeira ou um vão livre com o auxílio de cordas.
“Comecei no rapel neste ano. Com o meu retorno para a academia, a minha treinadora me convidou para fazer rapel. Me animei, mas confesso que tinha um pouco de medo até que surgiu a oportunidade. Eu amei desafiar o meu próprio medo. O que preocupava era não conseguir chegar no ponto de descida, muita ladeira, morro, pedras, até chegar lá. Mas treinávamos para ter fôlego para isso. Para descer, não tive medo” – detalha.
Segundo Lúcia Andrea, a primeira experiência com as cordas e as sensações de se auto desafiar no rapel aconteceu no Morro do Regaço, em Nova Venécia. A segunda aventura vivenciada pela mateense foi no município de Ecoporanga, na Cachoeira Arco-Íris. “Uma experiência tão boa e totalmente diferente. O nosso próximo rapel será no dia 8 de dezembro, em Águia Branca, em uma cachoeira também” – frisa.
De acordo com Lúcia Andrea, o rapel é um esporte que exige muito cuidado e muita responsabilidade. “Meus colegas de treino da academia, minha instrutora e eu sempre vamos com um grupo muito experiente de Nova Venécia, o Águias do Rapel. A minha treinadora nos incentiva e vamos sempre juntos nessas aventuras” – ressalta.
Realização pessoal
Para Lúcia Andrea, é primordial buscar estar bem, cuidando do corpo e da mente. Na opinião dela, essa rotina bem administrada entre autocuidado, trabalho, família, vida social e pessoal, traz o equilíbrio para ser feliz.
“Me sinto realizada e muito feliz. Porque com 49 anos eu pensei: já criei meus filhos, já fiz muita coisa e agora descubro uma coisa nova e desafiadora. Hoje não tenho medo de nada. É uma experiência única e aproveito para aconselhar quem não fez, que faça. É uma experiência ótima. A meta é buscar ser feliz” – reforça.
Lúcia Andrea salienta que já tem passeio em vista para o ano que vem. Segundo ela, o grupo está se organizando para uma descida de rapel num ponto negativo, ou seja, sem apoio para as pernas, apenas pelas cordas, que será realizada usando um balão. Ela explica que é uma descida diferente do rapel de ponto positivo, que tem apoio para as pernas, em geral, utilizando paredões de pedras.
Moradora do Bairro Santo Antônio, Lúcia Andrea é casada com José Raimundo Tavares Santos. Ela tem quatro filhos e quatro netos. Com a experiência de vida, avalia que a atividade física é de extrema importância, independentemente da faixa etária.
“Às vezes, a gente se entrega demais. É trabalho, cansaço, aí vem a ansiedade, a depressão e sabemos que o exercício físico ajuda. Muitas vezes, é um remédio. Nessa busca, a gente encontra outras coisas que vão nos dando prazer para a vida. Estou me redescobrindo. É muito bom!”
Nesta sexta-feira, feriado da Proclamação da República, não tem rapel agendado para Lúcia Andrea e os amigos de treino, mas ela pontua que o grupo fará um pedal de 30 km para manter a atividade física em dia.
Foto do destaque: Divulgação