SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Marinha australiana iniciou nesta sexta-feira (3) a retirada de pessoas que estavam presas no litoral da cidade de Mallacoota, no estado de Victoria, ao sudeste do país.

Foto: Reprodução

Milhares de pessoas foram forçadas a procurar refúgio nas praias do sudeste da Austrália para escapar dos incêndios que assolam o país.
Nesta sexta, famílias embarcaram, com animais de estimação e alguns objetos pessoais, no navio HMAS Choules.
“Esperamos retirar mil pessoas desta região”, afirmou o primeiro-ministro australiano Scott Morrison.
Cerca de 4.000 pessoas esperam para ser evacuadas da região por navios.
Victoria declarou estado de desastre em uma área habitada por cerca de 100 mil pessoas.
Com estradas bloqueadas, o transporte feito por aviões ou navios é a única rota de saída de algumas cidades -ainda que a fumaça dificulte voos.
Ao menos 20 pessoas morreram, dezenas são consideradas desaparecidas e mais de 1.300 casas foram reduzidas a cinzas desde o início da temporada de incêndios em setembro. As chamas afetaram uma superfície equivalente ao dobro do território da Bélgica.
A meteorologia prevê, para este sábado (4), o aumento da temperatura para níveis acima de 40°C. As autoridades declararam estado de emergência no sudeste do país, a região com a maior população do país.
Milhares de turistas e moradores receberam ordens para abandonar as áreas mais expostas em uma zona de quase 300 quilômetros ao longo da costa, o que provocou enormes engarrafamentos nas estradas que levam a Sydney e a Canberra.
Ao norte da cidade de Nowra, as famílias esperavam em veículos que praticamente não avançavam pelas estradas.
Aviões militares lançaram alimentos em áreas isoladas.
Scott Morrison, o primeiro-ministro do país, foi muito criticado por ter viajado de férias ao Havaí em dezembro quando o país já sofria com os incêndios e por não atuar para combater a mudança climática.
Na cidade de Cobargo, em  Nova Gales do Sul, Morrison foi vaiado, em particular por uma jovem mãe que chorava e por um bombeiro que se recusou a apertar sua mão.
Os incêndios florestais, muito violentos este ano, também têm um impacto nas principais cidades australianas -Melbourne e Sydney, por exemplo, respiram fumaça tóxica.

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