Diretor-geral da Rede TC, o jornalista Márcio Castro diz que é preciso considerar todas as propostas para resolver o problema de abastecimento de água potável de São Mateus. Ele citou na reunião da Assenor o projeto defendido pelo prefeito de Conceição da Barra, Francisco Bernhard Vervloet, o Chicão, de fixação da foz do Rio Cricaré, além da construção da barragem no Bamburral, ou de um ressalto hidráulico no próprio Cricaré. De acordo com ele, a questão preliminar é realizar os estudos da qualidade da água do Bamburral para saber se é viável para consumo humano e assim definir se de fato a construção de barragem naquele local é válida. Ele aproveitou para parabenizar a Assenor pela iniciativa de liderar a discussão. “Essa liderança é o que estava faltando”, afirmou.
Conforme explicou, o Saae já demonstrou que não tem condições de fazer os investimentos que precisam ser feitos. “Então precisa buscar alternativas. O mais importante é discutir um modelo de concessão, fazer um plano, cronogramas de investimento. Tem que fazer com que a concessão tenha um plano para que, se a empresa concessionária não cumprir, o Município tenha o poder de intervir. O poder de gerir é do Município” – destacou. Márcio acrescentou que é preciso preservar a autonomia do Município no sentido de evitar que aconteça com a concessão da água de São Mateus o mesmo desleixo que a concessionária Eco101 tem com a obra de duplicação da BR-101.
O jornalista frisou ainda que a Petrobras está passando por um processo de desmonte no norte capixaba, com cada vez menos investimentos em exploração e produção. Lembrou que a maioria das rodovias asfaltadas no governo Gerson Camata foram financiadas com royalties do petróleo. Citou também que o governador Renato Casagrande está criando um fundo soberano para receber dinheiro de participação especial referente à unificação do Parques das Baleias.
“Dentro desses novos investimentos que o Estado bancará com os royalties, seria justo que fosse destinada uma quantia para fazer os investimentos na construção do sistema de abastecimento de água de São Mateus e também de novas possibilidades econômicas para mitigar o impacto da redução drástica dos investimentos da Petrobras na região. Não estamos pedindo demais” – complementou.
São Mateus-ES
