Por
Tatiana Milanez
Repórter
O Coletivo VII Dinastia apresenta a peça Só, Solidão, Solitude no dia 8 de novembro, a partir das 19h, em São Mateus. Um projeto piloto da obra foi apresentado em abril de 2024, dentro da programação do Alumiô Festival, na Praça Vinícius Cavaleiro Mileri, em Guriri. No entanto, a apresentação derivou para o palco e será exibida no Ponto de Cultura Belas Artes, no Bairro Cacique. Com texto, interpretação, direção e figurino de Marcelo Cruz, o espetáculo tem duração de cerca de 40 minutos.
Em entrevista à Rede TC de Comunicações, o artista afirma que o personagem apresentado na trama se comunica apenas por meio de linguagem corporal. “É uma figura clownesca [com características de palhaço], catastrófica, claustrofóbica, futurista, decadente e mergulhada no vazio, que diz um monte de coisas por meio de nenhuma palavra”, define o dramaturgo.

Foto: Divulgação
Ele relata ainda que o personagem do espetáculo foi construído com referência em andarilhos e, “de forma muito pretensiosa, com inspiração em Esperando Godot, de Samuel Becket, O Estrangeiro – parte 2, de Albert Camus e O homem sem qualidades, de Robert Musil”.
O artista explica que o personagem que interpreta surge em um cenário catastrófico na peça. “No meio do caos, depois que o mundo desabou. Teve um bombardeio e ele aparece no meio desse cenário de desastre. Tem como inspiração esse monte de coisas que a gente está vivendo, inclusive o que vimos nos últimos dias no Rio de Janeiro. A minha, digamos, inspiração veio daí, desse retrato, dessa violência visual. De forma pretensiosa, eu digo que é um teatro existencialista” – enfatiza.
Conforme Marcelo Cruz, a peça tem classificação livre e os ingressos podem ser adquiridos no local. O espetáculo conta ainda com trilha sonora de Baby Bonomo, cenografia de Gabryelle de Souza Gomes e Ian Oliveira, além de iluminação de Ian Oliveira.
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