“Não dá pra cobrir os custos”. A declaração da produtora Rita de Cássia Sanche expõe o motivo que levou os cafeicultores jaguarenses a realizarem uma manifestação na manhã desta segunda-feira (12), na rodovia BR-101, em Água Limpa. Um dos líderes, David Domingos Bastos destacou que o objetivo foi despertar a atenção na busca de alternativas para uma melhora no preço do café e lucro aos agricultores. O tráfego chegou a ser interrompido por 40 minutos e a manifestação acabou às 11h15.

Os produtores chegaram a interromper o tráfego da BR-101 por 40 minutos. A manifestação encerrou por volta de 11h15. Foto: Ademilson Viana/TC Digital

Cafeicultor e produtor de mudas, David disse que a saca do café conilon chegou no valor de R$ 550 há dois anos e atualmente está com valor de R$ 260 quando sai das fazendas. Entretanto, ele afirma que os atravessadores estão conseguindo na ponta o valor de R$ 400. Conforme disse, os produtores não estão conseguindo lucro, mas os atravessadores sim.

A BR-101 chegou a ter o tráfego interrompido por 40 minutos. Foto: Ademilson Viana/TC Digital

David detalhou que a manifestação mobilizou 250 pessoas, sendo basicamente produtores da área de abrangência da Paróquia São João Paulo II, “que está dando apoio ao movimento”. Ele salienta que os manifestantes sugerem ao Governo Federal incentivar o consumo do café, renegociar com produtores endividados e diminuir os tributos de adubos e outros produtos necessários na produção agrícola. Uma nova mobilização foi marcada para 9 de setembro.

Com direito a palha de café, os produtores fizeram a manifestação, chegando a interromper o tráfego na BR-101, em Água Limpa. Foto: Ademilson Viana/TC Digital

PRODUTORAS
“Como a gente vai vender nosso produto pelo preço que está. O valor da saca do café não cobre os gastos. É muito frustrante para gente, que trabalha de sol a sol” – enfatizou a produtora Rita de Cássia Sanche. Rita ressalta que este problema afetado o comércio da região, que é influenciado pelo café conilon. A produtora de São Mateus, Josiane Dadalto Falcão deu apoio aos cafeicultores jaguarenses. Ela disse que os cafeicultores não conseguem cobrir os custos com o preço atual do café. Ela citou que uma saca de adubo custa R$ 100 e ainda há gastos com defensivos e trabalhadores com carteira assinada, entre outros.

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