ADI ENTREVISTA OS CANDIDATOS AO GOVERNO DO ESTADO

A série de entrevistas elaboradas pela Associação dos Diários do Interior do Espírito Santo (ADI-ES) chega ao fim com dois assuntos fundamentais na gestão de um governador: saúde e educação. Nesta reta final, os candidatos Manato (PSL), Aridelmo Teixeira (PTB), André Moreira (PSol), Renato Casagrande (PSB), Rose de Freitas (Podemos) e Jackeline Rocha (PT) responderam sobre projetos que a atual gestão deixa, como a Escola Viva, que ao ser implantada foi alvo de protestos de estudantes e hoje é aclamada em todo o Estado. E também a Rede Cuidar, com centros especializados no interior para atender a população capixaba, evitando deslocamentos para a Grande Vitória.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

ADI-ES – O Estado está implantando a Rede Cuidar, para descentralizar o atendimento à saúde. No entanto, existem muitas carências no atendimento hospitalar no interior, obrigando o deslocamento de pacientes para a Grande Vitória. O que o povo do interior pode esperar do futuro governo, no quesito saúde?

Manato (PSL)

Manato – Segurança, saúde e educação, vou olhar com muito carinho. A saúde é minha praia, sou médico há 37 anos, há 16 anos na seguridade social e da família. Existe a alta complexidade em exames toda reprimida, temos hoje 20 mil ressonâncias no Estado para fazer, e o Estado não contratualiza o suficiente. Uma ressonância magnética de crânio custa R$ 1.200 e pelo SUS, R$ 268. Vou dar exemplo do que fazer: começando pela região do Alto Caparaó, lá em Dores do Rio Preto, tem 112 para fazer, e eles só fazem duas por mês. Os outros governadores não têm solução para isso, mas eu tenho: a solução é bipartite, vou autorizar a fazer ressonância fora dos horários, vai ter sábado, domingo e feriado, e vou mostrar já na primeira semana que dá para eliminar a demanda reprimida. Quando acabar a demanda da ressonância, vamos começar a de tomografia, de ultrassonografia e assim por diante. Vamos ampliar a Rede Cuidar. Com menos de R$ 30 milhões, eu resolvo a saúde, com polos de radioterapia, comprando serviços nas redes privadas e fazendo parcerias. Os governadores não querem cuidar das pessoas, querem grandes obras para marcar seus nomes. Já na primeira semana de janeiro, os pacientes que estão esperando na Grande Vitória, vamos zerar com a parceria público-privada. Eu não vou tolerar maca em corredor de hospital!

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Aridelmo Teixeira (PTB)

Aridelmo Teixeira – Vou criar um fundo para a saúde. A especialização e a internação são do Estado. Mas quando você investiga esse tipo de paciente, vê que ele não foi cuidado direito, e isso gera ainda mais gastos. Vamos desafogar os hospitais, os exames, e vamos trabalhar com a prevenção. Quando consolidar a saúde e a educação, podemos ir para a segurança. Quando não se tem saúde, aumenta a revolta do indivíduo, que é aquele que também não tem estudo.

André Moreira (Psol)

André Moreira (PSol) – Hospital no interior não pode ser ambulância. O que tem acontecido? Coloca-se o cidadão dentro da ambulância e traz para Vitória. A gente está falando de gente que precisa pegar uma van para vir fazer um exame, em pleno século 21, onde médicos já operam por câmera. Os municípios vão debater, não dá para criar hospitais em todos municípios. Vamos delimitar o deslocamento, e vamos colocar o aparelho público de saúde naquela região. No Espírito Santo temos um grande índice de atendimentos hospitalares, que são sensíveis ao atendimento ambulatorial. Porque não teve atendimento ambulatorial, virou um caso de internação, gerando mais custo, aumentando a complexidade do caso, e colocando em risco a vida do paciente. Os espaços têm de ser delimitados para que não haja tantos deslocamentos. Também precisamos de um posto ambulatorial em cada município, para diminuir os atendimentos ambulatoriais. Sensíveis a internações, sensíveis ao atendimento ambulatorial, trabalhando sempre a prevenção.

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Renato Casagrande (PSB)

Renato Casagrande – Vamos auxiliar o município na atenção primária, ajudando no modelo de gestão da área de saúde, ao mesmo tempo ampliar as parcerias com os consórcios municipais. Desejo muito reduzir as filas e o tempo de espera na saúde. E vamos colocar os centros de especialidades para funcionar, e aumentar as unidades móveis, para consultas com especialistas e alguns exames.

Rose de Freitas (Podemos)

Rose de Freitas – Vamos ampliar toda a Rede Cuidar no Estado, e equipar melhor os hospitais para atender a população.

Jackeline Rocha (PT)

Jackeline Rocha – Pretendemos descentralizar o atendimento à saúde capixaba, de modo que seja possível o aumento gradativo de profissionais especializados para atender a população. Não podemos considerar normal esperar por meses em filas, para simples tratamentos dentários, por exemplo. Em nosso governo, temos perspectiva de diálogo com as prefeituras, para saber quais são as reivindicações e, assim, atender da melhor maneira possível as reivindicações. Tal diálogo também deve existir para que antigos projetos saiam do papel, como o hospital de Cachoeiro, por exemplo. Evitando, assim, que a população cachoeirense tenha que recorrer a outros centros para buscar soluções para suas emergências. Em nosso governo, lutaremos por novos leitos, apoio aos hospitais filantrópicos, e também grande apoio à medicina preventiva.

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Vitória-ES

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