Em todo o País, mais de 4.000 pedidos de instalação de novas antenas de celular e internet móvel aguardam licenciamento pelas prefeituras de grandes cidades brasileiras. O levantamento, considerando os 100 maiores municípios que constam do Ranking das Cidades Amigas da Internet, mostra que os grandes entraves são as legislações municipais defasadas, burocracia e o longo prazo para a liberação das licenças.
“A instalação dessas novas antenas, além de melhorar a cobertura e a distribuição do sinal de celular nas cidades, principalmente para a internet móvel, vai representar um investimento de R$ 2 bilhões e geração de mais de 45 mil empregos” – relata a assessoria do SindiTelebrasil, em mensagem à Rede TC.


Atualmente, o Brasil tem 92 mil antenas em todos os municípios brasileiros, mas, com o uso cada vez maior de vídeos e a crescente demanda por novos serviços, será necessário um número cada vez maior de antenas e a instalação de fibra óptica. As previsões são de que, entre 2016 e 2021, o tráfego de dados móveis em smartphones crescerá 12 vezes, complementa a assessoria.


“Enquanto o mundo fala em cidades inteligentes, Internet das Coisas e 5G, grandes cidades brasileiras, entre elas algumas capitais, estão presas a legislações antigas, muitas delas de uma época em que a tecnologia ainda era o 2G e pouco se usava a internet móvel. Hoje, todos querem mobilidade e fazem um uso intenso do celular para várias atividades. Segundo a pesquisa Pnad, do IBGE, 96% dos internautas brasileiros usam o celular para navegar e consultam seus aparelhos 78 vezes por dia” – complementa o SindiTelebrasil.


Em função da defasagem das leis municipais, reforça o sindicato, o processo de licenciamento de antenas tem levado mais de um ano em média no País, enquanto a Lei Geral de Antenas, aprovada pelo Congresso em 2015, define prazo máximo de 60 dias. Esses problemas têm colocado grandes cidades brasileiras entre as últimas posições no Ranking das Cidades Amigas da Internet.


A implantação de leis mais modernas para a instalação de antenas e infraestrutura é essencial não só para a expansão da cobertura, mas para a oferta de serviços inteligentes, como a Internet das Coisas, “que terá papel preponderante nas áreas de segurança, mobilidade urbana, controle de iluminação pública, saúde e educação. Sem a nova lei, a adoção da nova tecnologia de 5G para os serviços móveis ficará bastante comprometida, já que o 5G vai exigir um número de antenas cinco vezes maior que o 4G”.

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