Centenária e com relevantes serviços prestados à sociedade, com a formação de músicos que passa por gerações. Mesmo assim, a Sociedade Musical Lira Mateense, que tanto contribui com a cultura capixaba, não escapa da violência e sofre com a ação criminosa. Um arrombamento com furto de diversos materiais foi constatado pela diretora na terça-feira (28).
O presidente Emilson Pereira Cosme detalha que foram levados dois cubos de guitarra das marcas Meteoro e Stanley, um monitor de computador, uma impressora, material de limpeza, bolsa de couro sintético, carrinho de mão, foice, filtro de água elétrico, ventilador Britânia preto, luvas e máscaras.
Os armários foram revirados, assim como documentos e gavetas espalhados pelo chão. Foram levados ainda entre R$ 50 e R$ 70 em espécie, uma serpentina de bronze do aparelho de ar-condicionado. Cerca de 90% de fiação da rede elétrica também foi furtada.
Emilson detalha que a ação criminosa ocorreu após às 16h de sábado, já que até neste horário havia atividade na Lira. Com o fim de semana e o feriado de segunda-feira (25), o arrombamento e o furto foram identificados na terça-feira. Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil.
Conforme o presidente, há relatos da presença de pessoas estranhas nas imediações da sede da Lira no sábado. A suspeita é de que criminosos podem ter saído de um terreno baldio e pulado o muro. Foi constatado uma abertura no forro do salão de ensaios. A porta interna da secretaria foi arrombada. Não foi percebido, até então, furto de instrumentos musicais.
Presidente afirma que sede está sem energia e internet desde o arrombamento
Com dificuldades financeiras, a Lira continua sem poder ligar a energia elétrica e o sinal de internet desde o arrombamento, já que durante a ação criminosa foram cortados e furtados 90% das fiações. O presidente Emilson Pereira Cosme detalha que a instituição não tem recursos para pagar um eletricista e nem comprar os materiais para refazer as redes.
Os recursos que possui em razão de uma apresentação para a Prefeitura de São Mateus estão reservados para o pagamento de contas de água e energia.
Neste sentido, Emilson pede apoio de forma imediata da sociedade mateense para que as atividades sejam retomadas. Diante das dificuldades existentes de manutenção, a Lira estuda a possibilidade de reduzir o trabalho social e aumentar o percentual de aulas particulares pagas.
O presidente frisa que a diretoria da Lira atua de forma voluntária e que os profissionais não têm salários.
Em decorrência das dificuldades financeiras, Emilson salienta ainda que a Lira Mateense não tem condições de manter um vigia trabalhando no local. A instituição até estuda um monitoramento com câmeras, na qual, remotamente poderia ser observada qualquer ação criminosa. No entanto, esbarra, mais uma vez, na falta de recursos.
Polícia Civil investiga o caso
O presidente Emilson Pereira Cosme registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil sobre o arrombamento e furto na Lira Mateense na manhã de quarta-feira. Ele afirmou que o registrou foi feito na sede da 18ª Delegacia Regional em São Mateus.
A Reportagem procurou a Polícia Civil. A Assessoria de Comunicação informou que o fato será investigado por meio da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de São Mateus e que “até o momento nenhum suspeito de cometer o crime foi detido”.
“A PCES destaca que a população pode auxiliar na investigação por meio do telefone 181. O Disque-Denúncia é uma ferramenta segura, onde não é necessário se identificar para denunciar. Todas as informações recebidas são investigadas.
As informações ao Disque-Denúncia ainda podem ser enviadas por meio do site, onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas” – acrescenta a Polícia Civil.
Foto do destaque: Divulgação
Uma vergonha. A Lira Mateense, que já prestou relevantes feitos culturais se encontrar numa situação de penúria. Enquanto isso a prefeitura fica promovendo a vagabundagem, com funk e outras devassidões.
Concordo, claramente a Lira merecia todo o apoio desde sempre, mas parece que esse prefeito não consegue enxergar essa necessidade de suma importância para o nosso meio cultural.