Laboratório Central capixaba desabastecido de kits para análise de sorologia de dengue

O Laboratório Central (Lacen) da Secretaria Estadual da Saúde está sem estoque de kits que detectam os anticorpos IgM para dengue, segundo informou a Assessoria de Comunicação da Sesa em resposta à Rede TC. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o objetivo desse exame é detectar o anticorpo produzido pelo sistema imunológico para combater o vírus da dengue. De acordo com a Secretaria, ainda há estoque de kits para a realizado do exame NS1, que segundo a OMS serve para identificar a proteína do vírus presente no sangue podendo detectar até 80% dos casos da doença, chamado de teste rápido.

Segundo a Ascom, mesmo sem os kits IgM, o Lacen está realizando a confirmação de casos de dengue com exames rápidos repassando as informações para a Sesa. Gestores de saúde de municípios do norte capixaba afirmaram à Rede TC que não tinham a confirmação dos casos suspeitos da doença porque não receberam os resultados dos testes. A assessoria da Sesa afirma que realmente o Lacen passou um período sem realizar os testes, mas voltou a fazê-los, com os exames rápidos, já há algum tempo.

A Sesa afirma que houve atraso na importação dos insumos por dois fornecedores de dois fabricantes diferentes. “De acordo com um dos fornecedores, a entrega deve ser normalizada até início de agosto.  Paralelamente, o Ministério da Saúde também está desabastecido. A previsão é que o Ministério da Saúde envie os insumos para o abastecimento do estoque do laboratório até o fim de julho” – complementou a Ascom da Secretaria.

NÚMEROS DA DOENÇA NO ESTADO

Conforme o último boletim apresentado pela Sesa, neste ano foram notificados 49.198 casos de dengue no Espírito Santo com incidência de 1.238,50 casos por 100 mil habitantes entre a semana epidemiológica 1 (30 de dezembro 2018 a 5 de janeiro de 2019) e a 24 (9 a 15 de junho). “Foram confirmados 20 óbitos. Essas informações são enviadas pelos municípios à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) até o dia anterior à divulgação do boletim epidemiológico”, afirma.