Com o esposo doente e a neta de 7 anos debilitada, ambos necessitando de remédios para o tratamento de saúde, a dona de casa Pedrina da Penha Cardoso Pereira, de 53 anos, deixou a farmácia básica na tarde desta segunda-feira (18) desconsolada, carregando nas mãos apenas o receituário médico. Dos atendentes da farmácia básica ouviu apenas que não havia o remédio da netinha, receitado há mais de uma semana, e que ela deveria comprar os medicamentos. “Não tenho dinheiro e nem serviço. Como eu fazer?” – indagou dona Pedrina.

Dona Pedrina: “Como é que eu vou fazer?” -Foto: Claudio Caterinque/TC Digital

Moradora do Bairro Seac, a dona de casa afirma que ainda não conseguiu marcar o exame de vista de uma filha no serviço público em Jaguaré, que está na fila de espera há 3 anos, segundo ela. “Como vai ficar a população que precisa de remédio. Estou com o marido doente, sem trabalho e como é que fica?” – lamenta. Pedrina afirma que trabalha apenas nas colheitas do café e da pimenta-do-reino.

A estudante Hevelyn Lima, de 18 anos, além do remédio para aliviar uma dor no estômago, que não encontrou na farmácia, ela também teve um pedido de endoscopia digestiva negado pelo Município. -Foto: Claudio Caterinque/TC Digital

Outra jaguarense, a estudante Hevelyn Lima, de 18 anos, além do remédio para aliviar uma dor no estômago, que não encontrou na farmácia, ela também teve um pedido de endoscopia digestiva negado pelo Município. Em entrevista ao deixar a farmácia básica, apenas com uma parte dos medicamos que foi buscar, ela disse que está há um mês precisando do exame para descobrir qual a doença que possui e qual o tratamento que o médico indicará. Nesse tempo, nem o remédio para aliviar o sofrimento dela tem encontrado na farmácia básica.

A Rede TC procurou o secretário de Saúde, o vereador licenciado Jair Sandrini, na sede da secretaria, e ele disse que estava realizando atendimentos ao público. Após os atendimentos, novamente procurado, minutos depois da primeira abordagem, o secretário não respondeu à Reportagem. A coordenadora da farmácia básica, que se identificou apenas com o primeiro no nome, Jéssica, disse à Reportagem que poderia falar somente com a autorização do secretário.

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