O ex-secretário de Obras, Infraestrutura e Transportes Jadir Carminatti Bachetti e o ex-subsecretário Wesley Tavares da Costa afirmam que agiram dentro da legalidade nos contratos firmados pela Prefeitura de São Mateus na gestão anterior com a empresa RT Empreendimentos e Serviços. Na noite de segunda-feira (12), o Ministério Público do Estado do Espírito Santo tornou pública denúncia à Justiça contra os dois, além do sócio administrador da empresa, Richelmi Neitzel Milke, apontando fraude em contratos. Os três são acusados de participação em “concessões e contratações ilícitas para coleta, armazenamento, transporte e destinação final de lixo ou limpeza pública, com receitas oriundas de royalties de petróleo”.

JADIR

Jadir disse que está tranquilo. “Antes de ser ético com o Município, sou ético comigo mesmo”, declarou. O ex-secretário aponta que os alvos da denúncia são contratos emergenciais e defende que teve de recorrer a este formato para garantir os serviços à população, “devido a impugnações e cancelamentos de processos licitatórios”, segundo ele, a partir de atuações do Tribunal de Contas ou do Ministério Público Estadual. Jadir entende que não teve prejuízo ao erário público porque, segundo aponta, “todos os contratos foram feitos sob o menor preço”.

O ex-secretário adianta que está preparando a defesa dele para encaminhar à Justiça. “Agimos dentro da legalidade e vamos provar que a nossa ação foi legal”, reforçou. Ele acrescentou que os contratos tiveram pareceres jurídicos favoráveis da Procuradoria e da Controladoria Municipal, “que seguiam as regras do Tribunal de Contas”.

WESLEY

Outro denunciado, o ex-subsecretário Wesley Tavares da Costa disse que recebeu a ação do Ministério Público “com preocupação” com o nome dele porque é servidor público há 20 anos. Porém também declara tranquilidade em relação à materialidade da denúncia. “À época, o que foi feito, foi feito dentro de uma legalidade. Sobretudo atendendo à legislação pertinente de contratações públicas” – complementou.

Wesley acrescentou que os órgãos fiscalizadores internos da Prefeitura participaram da elaboração dos processos. “Veio à tona uma investigação na qual eu bato palmas ao Ministério Público. Eles têm ferramentas muito corretas e descobriram como as empresas se organizavam lá fora. Enquanto servidores públicos, a gente não tinha essa informação” – reforçou. O ex-subsecretário revelou que está preparando toda a documentação de defesa para “mostrar como foi a legalidade do processo, para não gerar qualquer ponto de dúvida”.

EMPRESÁRIO

A Rede TC buscou contato com o empresário Richelmi Neitzel Milke. As ligações para o telefone fixo da empresa RT Empreendimentos e para o telefone celular dele não foram atendidas. Até o fechamento desta página, não houve retorno à mensagem enviada por aplicativo para o telefone celular do empresário.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here