SUS
Nesta semana, o Ceunes realizou um seminário sobre Saúde Coletiva e recebeu o professor doutor Marcello Dala Bernardina, que falou sobre a importância do SUS como principal instrumento de universalização do acesso à saúde pública no Brasil. Aliás, o Sistema brasileiro é elogiado em todo o mundo, mas internamente recebe muitas críticas. Sobre esse fenômeno, o professor entende que a maioria das críticas vem de pessoas que normalmente não usam o serviço: “quem usa, elogia”.
EXEMPLO NA EUROPA
Neste sentido, o professor Marcello, especialista em atenção primária, relatou um episódio ocorrido com ele em um país europeu, que ele não recordou no momento da entrevista concedida à TC na quinta-feira, no Ceunes. Ele disse que iria participar de um seminário e, logo quando se apresentou para as autoridades como médico da família, “para minha surpresa”, um agente lhe falou: “Olha, a gente conhece o médico da família, atenção primária, a gente conhece isso”. Eu falei: “Nossa, mas que legal, no Brasil a gente ainda está começando, né?” Mas na hora de ir embora, ele resolveu realizar uma pesquisa particular e questionou o motorista do táxi, no caminho para o aeroporto, o que ele achava do sistema de saúde deles e obteve como resposta: “Muito ruim”. Isso porque o cidadão disse que precisava de um atendimento e teve que recorrer a outro país, o que, no Brasil, ocorre de maneira reversa.
DE GRAÇA?
É verdade! O Sistema Único de Saúde no Brasil é de porta aberta e oferece atendimento para qualquer cidadão em território nacional, seja de nacionalidade brasileira ou não, e de graça. Inclusive, é comum ouvir histórias de estrangeiros, principalmente norte-americanos, que vêm ao País e necessitam passar pelo SUS e ficam espantados. Eles simplesmente não entendem que não precisam pagar pela ambulância, tampouco o curativo, o médico, a enfermeira, o leito, os medicamentos, o cuidado. “Então, é universal, mas sempre vai ter alguma necessidade não atendida”, complementou o professor.
DEBANDADA
Ainda no tema da saúde, nesta semana a professora doutora da Ufes, Ethel Maciel, anunciou sua saída do Ministério da Saúde e retorno à Universidade Federal do Espírito Santo. Ela havia aceitado o convite da própria então ministra, Nísia Trindade, e, com a demissão dela do cargo, Ethel também achou que era a hora de deixar a pasta. Além dela, outro profissional que atuou no Espírito Santo, o ex-secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, já havia integrado os quadros do Ministério na gestão de Nísia Trindade. Ethel ocupou o cargo de Secretária Nacional de Vigilância em Saúde.
MÁGOA
Em pronunciamento após deixar o Ministério da Saúde, Ethel demonstrou a mágoa que ficou após, segundo ela, ter sido vítima de “machismo” e “articulações de bastidores”, quando, mesmo eleita, foi impedida de ser nomeada reitora da Ufes. Esse fato ocorreu durante o governo de Jair Bolsonaro. Segundo Ethel, foi com o sentimento de que poderia fazer algo a mais para o país que ela aceitou o convite de Nísia para assumir o cargo no Ministério.
LUA DE SANGUE
A madrugada de ontem foi especial para os amantes dos astros. Ocorreu o fenômeno, não muito raro, conhecido como Lua de Sangue, quando o nosso satélite natural atravessa a sombra da Terra projetada no espaço. E o fotógrafo Gean Carlos Martins, da Martins Fotografia, registrou imagens do eclipse lunar sob o céu de Jaguaré. Para a TC, ele disse que gosta de fotografar os astros por hobby: “Por paixão mesmo!” De acordo com o Observatório Nacional, o espetáculo iniciou às 0h57 e prosseguiu até as 7h, com o ápice, ou seja, o eclipse total, ocorrendo entre 3h26 e 4h31. E a próxima Lua de Sangue já tem data para acontecer: será no dia 3 de março de 2026, segundo o calendário da Nasa, a agência espacial norte-americana.
CULTURA EM SÃO MATEUS
O vereador Raphael Barbosa (PDT) foi indicado pela Câmara de São Mateus como o representante do Legislativo no Conselho Municipal de Cultura. Os artistas mateenses estão se articulando com o objetivo de fortalecerem a cultura no Município. Recentemente, foi ventilada a possibilidade de fusão da Cultura com a pasta de Turismo, o que foi rechaçado pela classe artística com o temor de que recursos importantes de incentivo à cultura, como as leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, ficassem prejudicados. Uma assembleia geral no Sítio Histórico Porto São Mateus reuniu 40 artistas e várias autoridades e serviu para que a classe fizesse uma demonstração de força, conforme disse a este Colunista o dramaturgo Oscar Ferreira.
SEM TITULAR
Os artistas mateenses também estão demonstrando incômodo com o fato da Secretaria de Cultura estar sob o comando interino do secretário de Turismo, Rafael Cruz, evidenciado a dificuldade que o prefeito Marcus Batista está encontrando para montar a sua equipe de Governo. Na avaliação de alguns artistas, o nome para ocupar a chefia da pasta deve vir da própria classe, isso caso não ocorra a fusão das duas pastas, Turismo e Cultura. A conferir!
DA PRISÃO À LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO
De acordo com Oscar Ferreira, uma reunião entre a classe artística e o vereador Raphael Barbosa foi realizada na quinta-feira para estabelecer algumas pautas. Uma delas é a transformação do prédio do antigo Cadeião em um centro de referência de múltiplas linguagens. O objetivo, além de ocupar um espaço que atualmente se encontra em estado de abandono, “é dar vida ao centro da Cidade”. No entendimento da classe artística, o espaço, que é amplo, pode abrigar um teatro municipal, a própria sede do Conselho, além de receber exposições, feiras e outras ações que possam fortalecer a cultura local.
PDT
Presidente municipal do PDT, o jornalista Júnior Eler visitou recentemente a subsecretária estadual de Esportes, Fernanda Souza. Em pauta, eles abordaram as lutas dos trabalhadores e possíveis alianças políticas para as eleições de 2026. Júnior Eler também foi recebido pelo secretário estadual de Esportes, Nunes, que é do PT e concitou o líder pedetista a levar o prefeito Marcus Batista para tratativas de investimentos da secretaria no Município.
Foto do destaque: Martins Fotografia/Divulgação
