quarta-feira, março 19, 2025
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INFORME TC – Por Claudio Caterinque • Edição n° 7.680

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DE OLHO EM 2026

Apesar de ainda faltarem quase 20 meses para o pleito eleitoral de 2026, as movimentações políticas estão ocorrendo em todo o Estado. Uma delas, que vem ganhando cada vez mais capilaridade, é a do vice-governador Ricardo Ferraço. Ele tem dito a interlocutores, e também abertamente, que se sente pronto para ser o candidato do governador Renato Casagrande na disputa pelo Palácio Anchieta. Conforme já antecipado nesta Coluna, para chegar em 2026 com chances de emplacar a disputa, o vice-governador precisa se viabilizar, ficar bem colocado em pesquisas, entre outros detalhes.

ARMADILHA

Se sentindo cada vez mais como parte do governo Casagrande, Ricardo Ferraço defende que a continuidade do governo, com a sua eleição para chefiar o Executivo Estadual, é mais segura para o ES do que tentar uma renovação, em leve estocada nos prefeitos de Vitória, Lorenzo Pazolini, e de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, que têm dado sinais de disposição de também disputarem o governo estadual. O mercado político considera que Pazolini pode vir a ser o candidato apoiado pelo ex-governador Paulo Hartung, de quem Ricardo também já foi vice-governador. E Arnaldinho Borgo tem se articulado na disputa com Ricardo, tentando conquistar a condição de candidato a governador do grupo de Renato Casagrande. Nesta semana, Ricardo declarou em entrevista para um veículo da capital que, apesar da palavra renovação ser “muito sedutora”, ela tem de ser observada com cuidado. “Às vezes, renovação pode representar uma armadilha”. A conferir!

ALIADOS

Também já pensando nas eleições de 2026, o governador Renato Casagrande está fazendo direitinho o dever de casa de manter a base unida. Recentemente, ele nomeou dois ex-prefeitos capixabas, aliados de primeira hora, para compor o Governo do Estado. O ex-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim e ex-presidente da Amunes, Victor Coelho, assume a Secretaria de Turismo, no lugar de Philipe Lemos. Na segunda quinzena de fevereiro, o ex-prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, deve assumir a Secretaria de Desenvolvimento no lugar de Ricardo Ferraço, que tem a proposta de focar na articulação política. E também nesta semana, Casagrande anunciou o ex-prefeito de Colatina, Guerino Balestrassi, na Secretaria de Recuperação do Rio Doce, no lugar de Ricardo Iannotti. No comunicado, o governador disse que Iannotti teve papel “fundamental na construção do acordo de Mariana”.

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NÃO QUIS

E com esse objetivo de manter a base unida, o governador Renato Casagrande tenta, ainda, trazer o Podemos para dentro do governo. Recentemente ele disse, conforme antecipado por esta Coluna, que o partido só não participaria do governo se não quisesse. Apesar disso, até o momento não houve aceitação do partido, que é presidido no Estado pelo deputado federal Gilson Daniel. Nos bastidores, o comentário é que o deputado não aceitou nenhum convite pelo fato de que, se ele assumir alguma secretaria, terá que deixar a cadeira no Congresso Nacional, que seria assumida pelo Coronel Ramalho, que deixou o partido e se filiou ao PL, do ex-presidente Bolsonaro. Ramalho também chegou a disputar a Prefeitura de Vila Velha, mas perdeu para o prefeito Arnaldinho Borgo, que foi reeleito.

BANCADA FEDERAL

O deputado federal Paulo Folletto foi eleito segundo suplente da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados com 389 votos no dia 1º de fevereiro nas eleições que também marcaram a escolha do novo presidente da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. Já o deputado federal Victor Linhalis foi eleito terceiro suplente. Com isso, Folletto e Victor Linhalis pretendem ser as vozes ativas na Mesa Diretora representando o Espírito Santo na definição da pauta legislativa e aumentando a articulação política para investimentos no Estado. Os cargos de relevância no processo legislativo e no gerenciamento das atividades da Casa oferecem diversas vantagens para o Estado representado, tanto no âmbito da articulação política quanto no fortalecimento no cenário nacional.

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INJUSTIFICADA

Os presidentes da CNI e da Findes se manifestaram após a decisão do Copom em manter o aumento da taxa Selic, que chega a 13,25%. Em comunicado à imprensa, eles disseram que consideram injustificado o aumento de um ponto percentual (p.p.) na Selic. “É mais um movimento da política monetária que ocorre em consequência da longa cultura de juros reais elevados que persiste no Brasil”, afirmam, em nota, as duas entidades. Para as entidades industriais, com a decisão o BC mostra que persiste em uma única ferramenta de política monetária –a elevação dos juros– para o enfrentamento de expectativas de inflação. “Não considera, no entanto, os efeitos impactantes dos juros e a taxa de câmbio na própria inflação. O comprometimento com o equilíbrio fiscal e com a racionalidade dos gastos públicos precisam ser exercidos e cobrados por todos”.

MAIS AUMENTO

Este aumento já havia sido previsto em nota do BC no final do ano passado. Se a recomendação do Copom for seguida a risco, a taxa aumentará novamente na próxima reunião, chegando a 14,25%. Governistas têm opinado que o novo presidente do Banco Centro, Gabriel Galípolo, não tem muito o que fazer, sob o risco de irritar os mercados, que podem acabar provocando, mais uma vez, no entendimento de alguns do próprio Governo Federal, uma crise artificial na economia brasileira, com aumento do dólar e, consequentemente, na inflação. Se este cenário ocorrer, coloca em risco uma possível reeleição do presidente Lula em 2026, já que chegaria nas eleições totalmente desgastado.

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TELETRABALHO

O Sindipetro-ES está convocando todos os trabalhadores da sede da Petrobras no Espírito Santo, chamada de Edivit, para um ato em defesa do teletrabalho. A manifestação está marcada para ser realizada no dia 12, quarta-feira, a partir das 7h, na Praia do Canto. Segundo o Sindicato, é preciso fortalecer a defesa desse novo sistema de trabalho, além de criar um regramento para as categorias.

CEMIG

Após o acordo feito com estados para que as dívidas dos entes da federação sejam quitadas com a União, foi aventada a possibilidade de o Governo de Minas Gerais oferecer a Cemig como forma de abater parte de seus débitos. Nesta semana, durante entrevista para emissoras de rádio de Minas, o Presidente Lula disse que, caso isso ocorra, ele não irá privatizar a concessionária pública de energia elétrica daquele estado. Essa possibilidade de federalizar a Companhia Energética foi considerada pelo próprio governador Romeu Zema. A Cemig pode ser usada para abater a dívida do estado com a União por meio do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Para isso, Minas Gerais precisa aderir ao programa, o que até ontem não havia ocorrido.

Foto: Helio Filho/Secom ES

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