sexta-feira, novembro 8, 2024
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INFORME TC – Por Claudio Caterinque • Edição n° 7.605

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TRANSIÇÃO

Nesta semana começou oficialmente o processo de transição de governo em São Mateus. Integrantes das equipes, tanto indicados pelo prefeito eleito Marcus da Cozivip, quanto pelo prefeito Daniel Santana, trocaram informações neste início de transição, demonstrando que o processo deve seguir de forma muito tranquila e ordeira, que é o que se espera de todo trâmite democrático. Pelo menos mais cinco reuniões já foram definidas para o levantamento de informações, que irão embasar as primeiras decisões no início do próximo governo.

Integrantes das equipes de transição indicados pelo prefeito eleito Marcus da Cozivip e pelo prefeito Daniel Santana trocaram informações neste início de trabalho, demonstrando que o processo deve seguir de forma muito tranquila e ordeira. Foto: Wellington Prado/TC Digital

SECRETARIADO
Nesta sexta-feira, Marcus da Cozivip se manifestou, em suas redes sociais, afirmando que ainda não definiu o secretariado. Segundo ele, as análises dos perfis estão sendo feitas “com muita calma e responsabilidade para garantir que as áreas da nossa Cidade serão lideradas pelos melhores profissionais”. Ainda de acordo com Marcus, a transição está sendo feita com muita atenção aos detalhes e prevê anunciar novidades em breve. O prefeito eleito deixa claro, mais uma vez, que pretende formar uma equipe qualificada “que trabalhará com dedicação para o bem de São Mateus”.

EX-PREFEITOS
Nos bastidores, comenta-se que os ex-prefeitos que apoiaram a campanha de Marcus da Cozivip, Amadeu Boroto e Lauriano Zancanela, estariam demonstrando não terem interesse em participar de forma direta da nova administração, por exemplo, negando interesse em alguma posição no primeiro escalão. O comentário é que eles estariam se disponibilizando para funcionarem como uma espécie de conselheiros particulares de Marcus da Cozivip, ao menos no início da administração. Como ambos têm muita experiência na administração pública, acumulada em oito anos de gestão de cada um, a contribuição deles pode ser muito útil.

SEACREST PETROLEO
O acidente no campo de petróleo de Inhambu, operado pela Seacrest em São Mateus, é mais um fator negativo na história das privatizações feitas sob o domínio da ideologia neoliberal. Aqueles que defendem as privatizações como dogma, parecem não ver a radicalidade com que atuam as grandes empresas em busca da maximização dos lucros. No caso da privatização da produção de petróleo, é evidente a redução do salário médio dos petroleiros, assim como a redução do número de empregados, levando a um maior estresse nas condições de trabalho, além de perda de capacidade de reter os melhores talentos na cadeia produtora de óleo e gás.

LÁ E CÁ SÃO DIFERENTES
Infelizmente, o comportamento empresarial das multinacionais costuma ser diferente em seus países de origem em relação às práticas, muitas vezes predatórias, que assumem em países ditos não desenvolvidos. Lá, são mais rigorosos na observância das regras de ESG, que significa aquele conjunto de práticas focadas na preservação do meio ambiente, transparência empresarial e responsabilidade social. Cá, muitas vezes atropelam as instituições e a sociedade com práticas predatórias no meio ambiente e nas relações trabalhistas e sociais. O remédio para isso é uma atuação mais forte das instituições fiscalizadoras. Observe-se, por exemplo, o absurdo praticado pela inoperância da empresa de energia Enel, que deixou sem energia milhares de pessoas em São Paulo depois de uma chuva. A Enel é uma multinacional que se beneficiou intensamente do programa de privatizações do setor elétrico brasileiro. E ela está cheia de problemas em outros países também, como o Chile, por exemplo.

ECO 101
É literalmente um absurdo o acordo aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) com a Eco101. Simplesmente o TCU permitiu que a Eco101 continue operando a concessão da rodovia BR-101 no Espírito Santo, depois da empresa descumprir o contrato de concessão onde se comprometeu a duplicar a estrada. Mais absurda ainda é a definição de que não será duplicado nenhum quilômetro da rodovia no trecho norte, compreendido entre os limites de Linhares com Jaguaré até a divisa com a Bahia. E, pior, nós, moradores do norte capixaba, ainda vamos continuar pagando as tarifas de pedágio mais caras. É muito desrespeito que merece um posicionamento das entidades da sociedade civil e das lideranças políticas do norte.

GALÍPOLO
O Senado Federal aprovou a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central, função que assumirá em 1º de janeiro, sucedendo a Roberto Campos Neto, que não deixará saudades. No início do Governo Lula, Galípolo foi assessor do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e logo depois assumiu a diretoria de Política Monetária do BC. No futuro mandato à frente da autoridade monetária brasileira, Galípolo terá por desafio colaborar na manutenção da inflação dentro da meta estabelecida e, ao mesmo tempo, reduzir a criminosa taxa de juros definida pelo BC. Para isso, deve ampliar as consultas regulares que o banco faz ao mercado financeiro, passando a incluir também representantes do setor produtivo nacional, como as confederações da Indústria, do Comércio e da Agricultura.

HERESIA FINANCEIRA
Com uma inflação absolutamente sob controle, a taxa de juros praticada no Brasil chega a ser uma heresia. Afinal, é uma das maiores do mundo e não se justifica num país que tem alto nível de reservas internacionais e boa classificação no rating das agências internacionais de avaliação de risco. Pior ainda é constatar que o déficit fiscal do governo federal tem nos juros seu principal fator. Para disfarçar essa realidade, o mercado financeiro dividiu o déficit fiscal em primário e secundário. No déficit primário, entram as despesas de custeio e investimento do governo, ou seja, aquilo que faz o país funcionar e atender às demandas da sociedade. E pouco se fala no déficit secundário, que é a montanha de bilhões em juros pagos pelo governo ao mercado financeiro. Estima-se que cada 1% de aumento na taxa Selic repercuta em um aumento de cerca de R$ 55 bilhões nas despesas do governo com os juros pagos.

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