RENOVAÇÃO
E Marcus da Cozivip venceu! Disputando seu primeiro pleito, ele derrotou o experiente Carlinhos Lyrio, que disputava sua décima-quarta eleição. Marcus reuniu em torno de si as lideranças dos ex-prefeitos Lauriano Zancanela e Amadeu Boroto, além do ex-deputado federal Dr. Jorge Silva. Por sua vez, Carlinhos juntou ex-desafetos políticos como o ex-deputado Freitas, o ex-vereador Clebinho Bazoni e o ex-secretário municipal Eliezer Nardoto.
DESAFIOS
Marcus terá desafios importantes em sua futura gestão. Sem dúvida, o principal é encontrar uma solução definitiva para o abastecimento de água para São Mateus. Outro compromisso igualmente importante é conseguir atrair novas grandes empresas. Empresas da cadeia de fornecimento da Marcopolo e da Oxford Porcelanas devem ser o primeiro alvo. Contudo, o futuro prefeito não poderá esquecer de estimular o agronegócio e a agricultura familiar já instalados.
XENOFOBIA
Alguns candidatos exageraram nesta eleição batendo no peito que “são mateenses”, insinuando que quem não nasceu em São Mateus não mereceria ser votado. Os assessores jurídicos precisam lembrar a esses candidatos que esse discurso é xenófobo e que xenofobia é crime. Além de ser um discurso babaca: será que esses “mateenses” não querem os votos daqueles que vieram morar em Sama e construir suas vidas e negócios aqui?
XENOFOBIA 2
Alguns desses xenófobos se contradizem ao afirmarem que querem atrair empresas de fora e ao mesmo tempo tentar criar discriminação contra quem não nasceu em terras mateenses. Afinal, os “forasteiros” são bem vindos ou não a São Mateus?
CARLINHOS É 13
O ex-deputado Carlinhos Lyrio fez campanha com o número 10, do partido Republicanos. Ao longo de 36 anos de carreira política, ele trocou várias vezes de partido, o que é muito característico da maioria deles. Mas, depois de tantas disputas e derrotas, agora pode-se dizer que Carlinhos chegou ao 13. Pois esta foi sua 13ª derrota.
RESILIÊNCIA
Carlinhos Lyrio tem um histórico de muitas derrotas e também de resiliência. Já perdeu 13 vezes, mas sempre por, digamos, 1×0. Nunca tomou uma goleada de 4×0. É isso que o mantém vivo no cenário político de São Mateus. O que exige dele uma autoavaliação sincera para tentar entender porque bate na trave e não entra. Este ano, parece que sua ânsia de ganhar o levou a fazer uma aliança muito ampla, ajuntando tradicionais desafetos políticos, o que dificultou bastante sua caminhada. Passou a imagem de que sua eventual administração já estaria fatiada, com apoiadores em cargos chaves.
BRAVEZA
Um parente de Carlinhos Lyrio estava tão confiante nas pesquisas invalidadas pela Justiça Eleitoral que no sábado, véspera da eleição, mandou mensagem de áudio ameaçando utilizar o poder da Prefeitura para perseguir a TC, porque não gostou da matéria jornalística contando a carreira de Carlinhos. Uma pena que ainda existem pessoas tão atrasadas assim. Fazem discurso de promover o bem comum, mas ao terem expectativa de poder começam a se revelar verdadeiros déspotas e ameaçam usar o poder para definirem os amiguinhos a serem favorecidos e perseguirem aqueles que não atendem a seus caprichos. Esses imbecis não fazem ideia do prejuízo eleitoral que provocam a quem querem favorecer com atitudes assim, de perseguição.
CASAGRANDE
A tentativa do ex-deputado Freitas de querer aproveitar o prestígio do governador Renato Casagrande em São Mateus e colar a imagem dele a candidatura de Carlinhos Lyrio não logrou êxito. E tem uma razão simples para isso: todo mundo sabe que o governador tem relacionamento forte também com o ex-prefeito Amadeu Boroto e com o atual prefeito Daniel Santana. Aliás, é justo lembrar que, quando muita gente dizia em 2022 que não votaria em Casão porque ele era aliado de Lula, foi o prefeito Daniel que empenhou publicamente sua bandeira e liderou a campanha em São Mateus.
CURIOSIDADES
DAS ELEIÇÕES
A seguir, um compilado com fatos curiosos destas eleições:
. Mesmo nome – O Espírito Santo tem dois prefeitos com os mesmos nomes, e, ambos foram reeleitos: Marcos Guerra, em Jaguaré, e Marcos Guerra, em São Roque do Canãa. O primeiro é do Podemos e o segundo do PSDB.
. Pela idade – Em Nova Venécia, os candidatos a vereador pelo Progressistas, Luciano Márcio e Daniel, obtiveram a mesma quantidade de votos, 381. O primeiro foi eleito pelo fato de ser mais velho. Caso semelhante ocorreu na cidade mineira de Inhaúma. O candidato Max de Oliveira, o Zula, empatou na quantidade de votos com Carlinhos: 2.434. Zula foi declarado o vencedor por ser mais velho.
. Por 1 voto – Pelo menos duas prefeituras do país foram definidas por um único voto de diferença. Olho DÁgua do Borges (RN) e Gentil (RS) provaram a máxima de que cada voto conta. No município do Rio Grande do Norte, o novo prefeito Antonimar Amorim (União Brasil) foi eleito com 2.178 votos válidos, enquanto a concorrente, Laize Sales (PP), conseguiu 2.177 votos. Na cidade do Rio Grande do Sul, a situação foi a mesma: Adelar Silvestri (PT) conquistou o pleito com 699 votos, contra 698 de Evandro Biff (PL).
. Recorde – Pelo menos 212 cidades tiveram candidaturas únicas nestas eleições. Nesses casos, o postulante levou 100% dos votos válidos, já que brancos e nulos não são contabilizados. Esse foi o caso de Solidão (PE), por exemplo, e Borá (SP), o menor colégio eleitoral do País. Em outros casos, no entanto, alguns candidatos conseguiram quase 100% dos votos mesmo tendo concorrentes. Alguns prefeitos conseguiram o feito de se elegerem com mais de 90% dos votos.
. Vereador há 50 anos – Nirdo Artur Luz, o Pitanta, foi reeleito para o 12° mandato consecutivo como vereador de Palhoça (SC) e vai permanecer na Câmara de Vereadores até 2028, quando completa 52 anos ocupando um cargo no legislativo municipal.
. Mais velho e mais jovem – O Piauí foi responsável por eleger o prefeito mais velho e o mais jovem do País. Aos 88 anos, Coronel Elói (PSD) foi reeleito em Barro Duro. Já Juninho da Marinalva (MDB) foi eleito prefeito, aos 21 anos, em Curral Novo do Piauí.
. Número errado – O candidato José Iria de Araújo (PSD), conhecido como Duda, não conseguiu se reeleger vereador na cidade de Argirita, em Minas Gerais, por fazer campanha com o número errado. Nos “santinhos” dele constava o número 55.608, mas na urna seu número foi 55.508, ou seja, um erro de um dígito.