CASÃO EM GURIRI

O governador Renato Casagrande cumpre uma extensa agenda na manhã deste sábado em Guriri, a partir das 8h30, na área central do balneário. Ele deve anunciar um pacote de investimentos de mais de R$ 75 milhões para o Município. A mais aguardada é a ordem de serviço para início das obras de macrodrenagem e pavimentação de avenidas em Guriri. No ano passado, também em Guriri, o governador autorizou a realização do projeto da macrodrenagem. Agora, retorna para dar a ordem de serviço. Espera-se que a obra tenha início o mais breve possível, já que a expectativa é que ela resolva de uma vez por todas os alagamentos constantes no balneário.

ICMS E ESTADOS

O presidente Jair Bolsonaro sancionou ontem a nova lei que determina aos estados um teto de 17% na cobrança de ICMS sobre combustíveis, energia, telecomunicações e transporte. Foi um verdadeiro nó tático em sua diplomacia com governadores, descumprindo claramente o acordo que tinha feito para aprovar a legislação. Até a tarde de ontem não se viam manifestações de governadores sobre a atitude do presidente. Em um aceno aos gestores estaduais, o Senado incluiu a possibilidade de uso de recursos da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais para compensar esses entes pelas perdas. Também foi autorizado que estados com dívidas perante outras instituições, com garantia da União, deixassem de pagar as parcelas como forma de reembolso.

PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS

A ideia do governo de fazer uma CPI para investigar a Petrobras por causa dos preços é uma tentativa de transferir para a companhia a culpa pelo fato de gasolina, diesel e gás de cozinha estarem muito caros, provocando dificuldades para todos os brasileiros. A responsabilidade pelos preços dos combustíveis é do governo federal, que, como acionista majoritário, nomeia a maioria dos diretores, inclusive do presidente da estatal. Com isso, com uma canetada, poderia resolver o problema. Então, o que falta? Coragem e vontade política para mudar a paridade de preços internacionais.

SEMANA TENSA NO PLANALTO

Não é novidade que a semana, que ainda nem terminou, está sendo tensa no Planalto Central. Além das polêmicas diárias e habituais promovidas pela política brasileira em ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro ainda teve de lidar com a prisão do ex-ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro, por quem ele já havia declarado que colocava a ‘cara’ no fogo. Depois ele recuou, dizendo que colocaria a mão no fogo, e não a ‘cara’. No dia seguinte ao presidente declarar que a prisão do ex-ministro representava a isenção da Polícia Federal, o delegado responsável pelo caso, em uma carta interna que vazou para a imprensa, alegou que houve interferência na condução de Milton Ribeiro. Ele deveria ter sido apresentado em Brasília, mas permaneceu em São Paulo até ter a liberdade concedida pelo TRF da 1ª Região.

ÁUDIO

Ontem, um áudio atribuído ao ex-ministro em um possível diálogo com a filha dele foi revelado. O conteúdo dá a entender que Milton Ribeiro teria sido alertado por Bolsonaro sobre a realização da operação da PF. Com isso, o senador Randolfe Rodrigues –que estava até a tarde de ontem com uma proposta de abertura de CPI do MEC debaixo do braço contendo 27 assinaturas e tentando chegar a 30–, disse que iria acionar o STF contra Bolsonaro por obstrução da justiça.

PESQUISAS

E para piorar o calvário vivido pelo presidente, pesquisas divulgadas nesta semana identificam a grande chance de vitória do ex-presidente Lula no primeiro turno. Apesar disso, fontes ligadas à pré-campanha do atual presidente falaram com jornalistas que o resultado não foi assim tão ruim quanto esperavam, muito em razão dos últimos acontecimentos. Eles aguardavam uma queda muito grande do presidente nas pesquisas. No entanto, interpretaram os números como positivos, já que, pela margem de erro, continuam praticamente iguais às pesquisas anteriores. Mas, é preciso compreender que Bolsonaro possui seguidores fieis, resilientes, que não se abalam, mesmo diante de uma avassaladora tempestade de acontecimentos que fazem o presidente ficar a maior parte do seu tempo tentando se esquivar ou explicar determinadas situações.

VACINASI NUTILIZADAS

Enquanto brasileiros ainda perdem a vida por causa da covid-19, com número de mortes se aproximando dos 670 mil, milhões de doses de vacina perto do prazo de validade correm o risco de serem inutilizadas se não forem aplicadas até o fim de agosto. A possibilidade de prejuízo de mais de R$ 1 bilhão, valor pago para cerca de 28 milhões de doses de Astrazeneca e Pfizer, deixa clara a gestão deficitária da pandemia por parte do Ministério da Saúde. As vacinas podem salvar vidas, mas nada é feito para evitar que tantas doses se percam. O Programa Nacional de Imunização chegou a autorizar a aplicação da quarta dose do imunizante, mas para especialistas, a medida não é suficiente já que as pessoas procuram cada vez menos pelos imunizantes. O entendimento é que o Ministério da Saúde não investiu e nem investe em campanhas de conscientização da população, que foi infectada pelo vírus da desinformação, das fake news.

PAÍS DA FOME

O Brasil vive, nos últimos tempos, uma sucessão de retrocessos que o fizeram andar para trás 30 anos e ser de novo o país da inflação descontrolada, da fome, do desemprego, da destruição do meio ambiente, da evasão escolar e da pobreza. Indicadores sociais confirmam que o Brasil regrediu na economia, no bem-estar da população, na educação e no meio ambiente, exibindo indicadores cada vez piores. Um deles é em relação à fome, que voltou a patamares do início da década de 90. Em 1992, por exemplo, a fome atingia 32 milhões de brasileiros. Em 2022, já chegam a 33 milhões, representando 15% da população.

PAÍS RICO

Enquanto o brasileiro revira o lixo para sobreviver, o País paga R$ 480 bilhões de juros por ano. É de partir coração de quem tem coração. A gravidade é tão grande que ao pensar nessas pessoas, assuntos como direito à saúde, à educação, a um emprego digno, à cultura e lazer, acabam ficando em segundo plano. Gente! As pessoas estão passando fome no Brasil, que é o quarto maior produtor de alimentos do mundo e um dos maiores exportadores de alimentos do planeta. Por outro lado, o Brasil é o país que só em 2021 entregou ao rentismo –bancos e especuladores financeiros nacionais e internacionais–, uma boa parte do orçamento da nação para o pagamento da dívida pública, que acumula juros sem fim e que nunca passa por uma auditoria séria. O Brasil, enquanto nação, precisa funcionar também para o pobre e, se não funcionar para eles, não funcionará bem para ninguém.

MULHER: RESPEITO E DIGNIDADE

“Que todas as Mulheres, não só hoje, mas todos os dias, sejam livres de qualquer violência e que não lhes sejam negados direitos a vida. Que sejam associadas a respeito e dignidade” – (Maria Simão Torres).

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