DANIEL NO PT?

O prefeito de São Mateus, Daniel Santana, está cada vez mais on, como costumam dizer os seus aliados. Em meio às inúmeras turbulências que cercam o prefeito, o prestígio dele no meio político parece estar em alta. Prova disso é o convite recente que recebeu do senador Fabiano Contarato para que ele cerre fileiras no Partido dos Trabalhadores. O convite foi feito em uma reunião online onde o senador se comprometeu em ser mais um articulador junto aos governos do Estado e Federal para a construção do ressalto hidráulico no Rio Cricaré, o que no entendimento do prefeito pode resolver de vez o problema de captação de água potável, além de beneficiar os municípios de São Mateus e Conceição da Barra.

 Senador Fabiano Contarato (Rede-ES). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

 

SIM OU NÃO?

Entusiasmado, Contarato ainda disse que visitará São Mateus em breve e trará em mãos a ficha de filiação já preenchida. É só Daniel assinar! E a reação do prefeito? Abriu um sorriso de gratidão pelo reconhecimento. Não disse sim. Mas também não disse não. Vale lembrar que Contarato filiou-se ao PT recentemente com as bênçãos do ex-presidente Lula e toda a cúpula estadual e nacional do Partido dos Trabalhadores.

 

ASSEDIADO

Desde que anunciou a desfiliação do PSDB, partido pelo qual foi eleito em 2016 e reeleito em 2020 para o cargo de prefeito de São Mateus, Daniel Santana vem recebendo inúmeros convites de filiação partidária. Já foi assediado por PDT, Pros, Republicanos, MDB e Avante. Entre os motivos pontuados para justificar o convite está a liderança que o prefeito exerce, não somente em São Mateus, mas vários outros municípios do Estado. Ainda demonstrando indecisão, Daniel já disse inúmeras vezes que agradece e se sente honrado com os convites. Há quem diga que ele almeja entrar na campanha eleitoral deste ano. Para isso se concretizar, deverá estar devidamente filiado até o início de abril, seis meses antes da eleição.

COMISSÃO DA  CÂMARA

Após surto de covid-19 na Câmara de São Mateus, a Comissão que investiga denúncia contra o prefeito Daniel Santana resolveu adiar as oitivas restantes para o dia 7 de fevereiro. Esse período pode ser uma boa oportunidade para que os parlamentares, membros da Comissão, repensem a conduta durante as audiências, que seguiram nesta semana carregadas de acusações e ofensas. Inclusive com inúmeros bate-bocas entre os próprios membros, com a defesa do prefeito e até com o público. Às vezes até se deixam influenciar pelo inflamar das pessoas que se encontram no plenário.

 

A IGNORÂNCIA MATA

Nesta semana assistimos o desenrolar de um episódio triste para a nossa sociedade. O escritor Olavo de Carvalho, negacionista e antivacina, morreu por complicações da covid. A atriz Rozângela precisou ser internada em estado grave e convive com as sequelas da doença após se negar a tomar a vacina. O ginasta húngaro Szilveszter Csollány, campeão olímpico em Sydney-2000 e mundial em 2002, morreu vítima da covid-19 na segunda-feira. Antes de ser internado, o ex-atleta fazia discurso antivacina. Na semana passada também chamou a atenção a repercussão da morte da cantora da República Tcheca, Hana Horka, de 57 anos. Contra a vacina, ela decidiu se infectar com o coronavírus de propósito. Episódios lamentáveis, com certeza.

 

PRECARIZAÇÃO DA RENDA

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Os números apontam uma redução nos índices de desemprego da população brasileira no trimestre de setembro a novembro de 2021 em relação ao trimestre de junho a agosto. No entanto, o rendimento real também diminuiu. É a precarização da renda do trabalhador, que ganha cada vez menos. Nesta semana, o boletim Salariômetro da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) do IBGE apontou que os trabalhadores brasileiros não têm aumento real em seus salários desde 2019, ou seja, há três anos.

 

VIDA PRIVADA

A Procuradoria da República no Distrito Federal arquivou representação do deputado Paulo Teixeira sobre a contratação de Sergio Moro pela consultoria Alvarez & Marsal. A manifestação é do procurador Marcus Marcelus Goulart. Em seu parecer, ele destaca que Moro entrou na empresa quase dois anos após deixar a magistratura, o que em sua avaliação enfraquece a hipótese de “corrupção na celebração de um contrato privado após regular desligamento do serviço público”.

 

NÃO TÁ OK!

Corre pelos corredores do Palácio do Planalto que Bolsonaro proibiu ministros de avançarem com a PEC dos Combustíveis. Avaliam que o resultado poderia ter efeito reverso do esperado. O presidente ficou de pensar. Há 3 posições distintas: zerar impostos federais –Ciro Nogueira (Casa Civil) é a favor. Custo anual: de R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões; criar fundo de estabilização –Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Onyx Lorenzoni (Trabalho) avaliam que o governo deve reservar um volume de dinheiro para permitir que a Petrobras adote um sistema de preços mais estável. Custo anual: de R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões; ou cortar só o imposto do diesel –Paulo Guedes (Economia) avalia que essa é a decisão mais plausível, pois ataca-se um combustível que tem impacto em toda a cadeia produtiva e de transportes. Custo anual: até R$ 20 bilhões.

 

COMBATE À INFLAÇÃO

Bolsonaro disse também nesta semana que quer dar “ênfase total” ao combate à inflação em 2022. O preço dos combustíveis é um dos principais responsáveis pela inflação dos últimos meses. Em ano eleitoral, é vital para Bolsonaro controlar esse cenário, mas o presidente ainda não está seguro sobre o que fazer. O corte de impostos federais só sobre o diesel, por exemplo, resolveria muito pouco. Hoje, seria um corte de alguns centavos no preço desse combustível na bomba dos postos. Mas os investidores financeiros iriam reagir. O dólar sobe. E a medida se anula –exceto o custo para o governo, que recolhe menos impostos.

 

ATRÁS DO DINHEIRO

Esta semana o BC disponibilizou uma plataforma criada para consultar “dinheiro esquecido” em bancos e entidades do sistema financeiro. Conclusão: o site do Banco Central despencou, para não falar que caiu. Ontem, a instituição anunciou que o sistema será retomado no próximo dia 14 de fevereiro.

 

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