MAGNO MALTA E BOLSONARO
Há uma grande expectativa em torno da vinda do presidente Jair Bolsonaro ao Espírito Santo neste sábado (27). Nos bastidores políticos comenta-se que o presidente estará em Vitória participando de um evento do Partido Liberal (PL) junto ao ex-senador Magno Malta. O objetivo desta possível visita é fortalecer as candidaturas da legenda no Estado, já que o presidente anda dizendo aos quatro ventos que já acertou os ponteiros com o PL. Nesta semana, ele reforçou que está tudo certo para o “casamento” dele com o partido para a próxima terça-feira (30).

CEUNES
E a vinda do presidente ao Estado, a segunda vez neste ano, se apresenta como mais uma oportunidade para o movimento pró-universidade no norte capixaba entregar para Jair Bolsonaro estudos que comprovam a necessidade de elevação do Ceunes à universidade federal. Linha de frente nesta luta, a pedagoga formada no Centro Universitário, Mady Rodrigues, afirma que um grupo sairá de São Mateus com documentos robustos para acionar o presidente mais uma vez em torno do pedido. Na sua vinda a São Mateus, em 11 de junho, Bolsonaro recebeu pedidos para a criação de uma universidade federal no Município, a partir do desmembramento do Ceunes da Ufes. Ainda neste mês de novembro, em Barra de São Francisco, o pedido foi reforçado ao ministro da Educação, Milton Ribeiro.

BLACK FRIDAY
A tradição norte-americana das promoções logo após o Dia de Ação de Graças, a chamada Sexta-Feira Negra, ou Black Friday, introduzida no Brasil a partir da última década, trouxe um alento para o comércio nesta época do ano que antecede ao Natal. Em São Mateus, a receita parece ter dado muito certo. Neste ano, a percepção é de lojas cheias de clientes, vendas em alta e comerciantes felizes. Nem tudo nas lojas estava com preço baixo, é verdade. Mas, como estratégia de marketing, alguns produtos em promoção –que os empresários garantem que estavam com 30%, 50% ou até 70% de desconto– chamaram a atenção da clientela.

NOVA VARIANTE
O temor de uma nova variante do coronavírus possivelmente resistente a vacinas derrubou bolsas de valores no mundo com a fuga de ativos arriscados. Às 11h58 de ontem, o Ibovespa, índice de referência para a Bolsa de Valores brasileira, recuava 3,64%, a 101.957 pontos. O dólar comercial avançava 0,61%, a R$ 5,5990. Na máxima do dia, a divisa chegou a saltar 1,38%, a R$ 5,6424. As commodities mais importantes para o mercado brasileiro também sofriam o impacto, com destaque para a forte queda do petróleo. O barril do Brent recuava 5,25%, a US$ 77,90 (R$ 427,03). Os contratos futuros de minério de ferro desabaram 4,87%. Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq caíam 2,55%, 1,37% e 1,32%, respectivamente. Até o mercado de criptomoedas operava em baixa. É que o pânico de uma nova onda da covid impõe cautela no meio dos investidores, que se afastam do risco e se refugiam nos ativos que representam segurança.

CARNAVAL
E por falar em segurança, diversas cidades brasileiras já se anteciparam e afirmam que a programação do Carnaval 2022 está cancelada. Dentre elas, alguns destinos importantes do Nordeste para essa época do ano. Nesta semana, até o presidente, se contrapondo ao comportamento dele durante a pandemia, se manifestou contrário à aglomeração da festa momesca: “Por mim, não teria Carnaval”. Inclusive, disse que a decisão cabe a governadores e prefeitos. Oras, logo ele que se disse cerceado pelo Supremo Tribunal Federal de reagir com medidas sanitárias durante a pandemia da covid-19, agora se posta contrário à realização da folia. Inclusive, a deliberação da Corte, contudo, nunca retirou poderes do governo federal para lidar com a pandemia.

Foto: Fernando Maia | Riotur

DÚVIDAS
Algumas capitais brasileiras com tradição carnavalesca mantêm sob dúvidas a realização da festa em 2022 no momento em que a Europa já enfrenta uma quarta onda de covid-19. Entre as grandes cidades, só o Rio de Janeiro confirmou o Carnaval no ano que vem. Em São Paulo, a decisão será tomada até o final do ano, de acordo com o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, a partir do cenário epidemiológico e vacinal. O prefeito de Recife, João Campos, chegou a propor a criação de um comitê de prefeitos de capitais, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. A capital mineira já anunciou que não vai patrocinar a festa, como de costume. Salvador ainda não confirmou o evento.

BOLSONARO VS. VACINA
Ainda sobre a pandemia, Bolsonaro também disse que a vacina contra a covid-19 perde validade depois de seis meses. “Quem está contaminado tem imunidade por muito mais tempo, isso está comprovado”, declarou, sem respaldo científico. A imunidade induzida pelas vacinas é duradoura e efetiva no contexto da pandemia, de acordo com especialistas. A proteção está sendo reforçada com uma terceira dose para todos os adultos por orientação do Ministério da Saúde.

OCDE
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Decreto Legislativo 253/21 que valida o acordo firmado entre o Brasil e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para a instalação de um escritório da instituição no País. O compromisso foi assinado em junho de 2017, mesmo ano em que as autoridades brasileiras deram entrada no processo de adesão à OCDE, mas precisa de aprovação do Congresso Nacional para começar a valer. Por enquanto, apenas a Comissão de Finanças e Tributação (CFT) aprovou o projeto, que também depende de aprovação nas comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS). A OCDE é uma organização internacional composta por 38 países membros que reúne as economias mais avançadas do mundo, como Estados Unidos, Japão e Reino Unido e alguns países emergentes, como Costa Rica, Colômbia, Chile, México e Turquia. Desde 2017, quando protocolou pedido formal de adesão, o Brasil tenta se tornar país-membro.

O ACORDO
Na mensagem presidencial em que expõe os objetivos do acordo, o ex-chanceler Ernesto Araújo ressaltou quatro propósitos da parceria: promover e garantir a implementação efetiva de atividades conjuntas entre as partes; funcionar como ponto de contato efetivo entre as autoridades brasileiras responsáveis pela cooperação com o secretariado da OCDE; apoiar missões e eventos da OCDE a serem realizados no Brasil; e prover privilégios e imunidades para que os agentes da OCDE possam desempenhar adequadamente suas funções. Para entrar na organização, o país precisa implementar 250 instrumentos legais e ser aceito por unanimidade pelos países membros. Até o momento, o Brasil aderiu a cerca de cem instrumentos legais exigidos pela entidade. Desde 2019, o governo do presidente Jair Bolsonaro intensificou a candidatura do país à OCDE, tendo como aliado o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

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