TEMPESTADE

Que a covid-19 é cruel com mais de 285 mil famílias brasileiras, que perderam entes queridos, não há dúvida. Como também não há dúvida de que, pelo ritmo atual de crescimento da média móvel de mortes (quinta-feira chegou a 2.093 mortes/dia), o Brasil deve registrar mais de 200 mil óbitos nos próximos três meses. Mas é igualmente duro para qualquer pequeno ou médio empresário ter que suportar as consequências econômicas das medidas adotadas nessa quarentena. A maioria das empresas vinha de um ano ruim, como 2020 foi, com queda acentuada do PIB. Agora, mais um forte impacto negativo. É preciso que sejam adotadas medidas de apoio e financiamento às atividades econômicas bastante prejudicadas. Precisamos todos nos cuidar, colaborar na campanha contra o coronavírus. Mas precisamos todos ser rapidamente vacinados, para que o País tenha o mínimo de equilíbrio. E precisamos de estímulo à economia.

 

PROTESTOS

Assim como ocorreu em vários municípios capixabas, em São Mateus um grupo de comerciantes saiu às ruas para protestar. Em carro de som seguido por vários carros, o locutor gritava palavras de ordem, tais como “queremos trabalhar”. Mas foi defronte ao Centro Administrativo da Prefeitura que tiveram a atenção do prefeito. Daniel não perdeu tempo, conversou com os manifestantes, subiu ao trio elétrico, levou com ele o secretário de Saúde e um médico que atua na linha de frente da covid-19 no Hospital Roberto Silvares e ainda recebeu um grupo para conversar dentro do gabinete. Aos comerciantes, Daniel disse entender que o momento é difícil, mas explicou que a vida vale mais.

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DR. MAGDO ROGÉRIO

Do alto do trio elétrico, o médico Magdo Rogério lembrou as palavras ditas por um colega do Rio de Janeiro: “Pelo amor de Deus, fiquem em casa, mantenham o distanciamento, sabem porquê? Porque cada um é filho querido, é mãe querida, é pai querido, é irmão querido, e isso pode amanhã acontecer com você”.

 

MOMENTO CRUEL

É doído, é sofrido, é muito complicado o momento que estamos passando e não adianta procurar alguém para culpar. O certo é que vivemos um momento delicado, quase sem vagas em hospitais e as pessoas precisam compreender a melhor maneira de enfrentar o coronavírus e frear a sua disseminação. Ficar em casa, manter o distanciamento social, usar máscaras e higienizar as mãos são os meios mais eficazes, com comprovação científica, para evitar a contaminação.

 

COMIDA NA MESA

Muitas pessoas questionam sobre a quarentena imposta pelo Governo do Estado, afirmando que faltará comida na mesa do trabalhador. Neste momento de dificuldade, a solidariedade conta muito. Conforme lembra o padre comboniano Ernesto Ascione, que comandou por muitos anos a Paróquia Santo Antônio, em São Mateus, estão se multiplicando, felizmente, em todo Brasil iniciativas de solidariedade humana e cristã, como as “cozinhas solidárias” e obras afins. Padre Ernesto afirma que a Paróquia São José (Serra-ES), onde atualmente trabalha, “já disponibilizou para as famílias carentes, ao longo deste ano da pandemia, mais de trinta toneladas de alimentos, mediante a nossa Cáritas paroquial”.

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RESTRIÇÕES

Se por um lado o distanciamento e as restrições mais rígidas impostas à sociedade são cada vez mais cruciais para vencer a pandemia do novo coronavírus –enquanto a vacinação em massa ainda é um sonho distante no Brasil–, por outro, especialistas afirmam que a necessidade de intensificar o isolamento social pode se transformar num problema emocional para muitas pessoas. O surgimento de sentimentos como medo, frustração, impotência e estresse têm como consequência uma sobrecarga mental, que deixa o corpo e a mente debilitados. Como lidar com a quarentena? Para começar, é recomendável fazer uma atividade física, mesmo que seja dentro de casa, redobrar a paciência com os familiares para evitar conflitos e, ao mesmo tempo, dividir o tempo das crianças. Estipular horários para os estudos e para a diversão.

 

QUARENTENA

A quarentena traz ainda um outro alerta: cuidado com o aumento no consumo de bebidas alcoólicas.  Não caia na tentação de aumentar o consumo de bebida e outras drogas, incluindo não se automedicar. A família toda tem que se policiar para não exagerar na bebida. Isso tem que ser conversado dentro de casa, até para evitar dar o mau exemplo para as crianças.

 

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AUXÍLIO-GÁS E DRIVE-THRU

O deputado estadual Sergio Majeski apresentou indicação ao Governo do Estado para ampliar as possibilidades dos serviços de entrega de refeições durante a nova quarentena vigente no Espírito Santo. No documento protocolado nesta semana, Majeski solicita que restaurantes, lanchonetes e bares possam atender a população nos sistemas de drive thru e de take away, quando o cliente vai pessoalmente retirar a refeição no estabelecimento. Outra indicação orienta ao Governo do Estado a concessão de auxílio-gás às famílias em situação de vulnerabilidade social, como forma de amenizar os impactos da pandemia. Levando em consideração que o botijão de 13kg custa em alguns locais até R$ 100 e que o novo auxílio emergencial do Governo Federal será de, no mínimo, R$ 175, a iniciativa vem em boa hora.

 

UMA SACA POR ANO

Historinha das bandas no noroeste do Espírito Santo.

 

As gentilezas no interior são muito comuns. Os empréstimos da safra também ocorrem corriqueiramente. Visto que um compadre pegava sacas de café com o padrinho dos filhos. Acontece que a dívida foi se avolumando e chegou a aproximadamente 250 sacas de café. E como o compadre não comparecia para quitar a dívida, o jeito foi acionar a justiça. Na frente do juiz, o compadre não negou a dívida, porém fez uma proposta na qual acreditava que cumpria.

-Devo, não nego seu juiz. Mas posso pagar uma saca por ano.

 

Foto do destaque: Whatsapp/Reprodução

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