O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) informou que a morte de milhares de peixes e crustáceos no Rio Mariricu, no Distrito de Nativo de Barra Nova, é motivada por fenômeno natural, que já teria ocorrido outras vezes.
Na segunda-feira (17), o pescador Pedro Ribeiro Clarindo, morador do Nativo, gravou um vídeo mostrando o problema. O gestor da Pousada Aratu, Gilvan Araújo, também relatou a situação que está acontecendo desde domingo (15), inclusive com peixes e crustáceos mortos na Prainha de Barra Nova.
“Este rio tem duas fozes, uma com o Rio Cricaré e outra em Barra Nova. Nesse período de maré alta e com ocorrência de chuvas intensas, o mar entra no rio alterando as condições físico-químicas da água e os peixes acabam morrendo devido a alteração da água doce/salgada. O órgão esclarece que entrou em contato com a Secretaria de Meio Ambiente de São Mateus e os técnicos foram ao local e confirmaram o fenômeno” – afirma o Iema.
Em entrevista à Rede TC, o pescador Pedro Clarindo, presidente da Associação de Pescadores e Catadores de Caranguejo do Nativo, afirmou que mora na faixa costeira há 52 anos e nunca viu uma quantidade tão grande de peixes mortos. Boiando no Rio Mariricu, ou depositados na areia da Prainha de Barra Nova, além siris, caranguejos e camarões, apareceram robalos, cangoás, mirorós, caramurus, carapebas, vermelhos e bagres, entre outras espécies.
O pescador temia que a água estivesse contaminada. O gestor da Pousada Aratu, Gilvan Araújo, também encaminhou vídeo produzido pelo gerente do estabelecimento e pediu aos órgãos competentes que fizessem uma análise urgente da água.
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