EDUARDO CUCOLO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira (8) a última revisão do PIB de 2017, que apresentou expansão de 1,3%. O dado divulgado anteriormente apontava um crescimento da economia brasileira de 1,1% naquele ano.
De acordo com o instituto, a revisão para cima foi puxada, principalmente, pelo consumo das famílias. Do ponto de vista da produção, a agropecuária e os serviços tiveram desempenho melhor que o estimado anteriormente.
Aquele foi o primeiro ano de expansão após as retrações verificadas em 2015 (-3,5%) e 2016 (-3,3%). Desde então, o PIB tem mantido o mesmo ritmo de fraco crescimento e ainda está abaixo do patamar verificado antes da recessão iniciada em meados de 2014.
Em termos nominais, o PIB (medida da produção de bens e serviços no país em um determinado período) alcançou R$ 6,583 trilhões em 2017. O PIB per capita ficou em R$ 31.833,50 uma alta de 0,5%.
As revisões do PIB anual são feitas nos dois anos seguintes à primeira publicação, com base em novas informações obtidas pelo instituto.
No início de dezembro, o IBGE divulgará o PIB do terceiro trimestre de 2019 e poderá também revisar os dados referentes a 2018 e ao primeiro semestre deste ano.
Do ponto de vista da oferta, o desempenho dos diversos setores econômicos ficou da seguinte forma: agropecuária (de +12,5% para 14,2%), indústria (mantido em -0,5%) e serviços (de +0,5% para +0,8%).
Sob a ótica da demanda, os novos resultados são: consumo das famílias (de +1,4% para 2,1%), consumo do governo (de -0,9% para -0,7%), investimentos (de -2,5% para -2,6%), exportações (de +5,2% para +4,9%) e importações (de +5,0% para +6,7%).
A taxa de investimentos, que atingiu o pico de 20,9% em 2013, teve em 2017 o pior resultado da série iniciada em 1995 (14,6%).
Segundo o IBGE, a indústria teve sua quarta queda anual consecutiva. Os segmentos extrativo, de transformação e eletricidade e gás apresentaram crescimento, sendo a queda do conjunto da indústria explicada unicamente pelo recuo de 9,2% da atividade de construção.
“A indústria de transformação cresceu 2,3% no ano, interrompendo uma série de três anos consecutivos de queda. As atividades que mais contribuíram para esse crescimento foram a fabricação de equipamentos de informática e de automóveis que registraram elevação em volume de 23,3% e 18,5%, respectivamente”, diz o IBGE.
Apesar do crescimento em 2017, a indústria de transformação ainda se encontrava num nível 15,0% abaixo do seu patamar máximo, observado no ano de 2013.
Dentro dos serviços, a maior contribuição veio do comércio que, após dois anos seguidos de quedas, registrou crescimento de 2,3%.
Em relação ao consumo das famílias, destacam-se a venda de produtos como telefones celulares (+13,0%), aparelhos de TV, rádio e som (+17,7%), eletrodomésticos (+10,6%) e computadores e periféricos (+15,8%).
O IBGE destacou o impacto positivo da liberação de saques das contas inativas do FGTS naquele ano sobre os resultados.

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