ALFREDO HENRIQUE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O eletricista Alex Sander Correia, de 48 anos, é acusado de atirar e ferir a ex-mulher, de matar cinco pessoas e, após isso, se suicidar com um tiro na cabeça, por volta das 5h desta quinta-feira (5) em São Vicente (65 km de SP). As motivações para o crime, segundo a polícia, seriam passionais.
De acordo com o coronel Rogério Silva Pedro, comandante da Polícia Militar na Baixada Santista e Vale do Ribeira, o acusado morava com a ex-mulher, no bairro Humaitá, onde teria dado dois tiros na vítima após uma discussão. A mulher foi submetida a uma cirurgia no hospital municipal de São Vicente, onde permanecia em recuperação até a publicação desta reportagem.
O coronel acrescentou que, depois disso, o suspeito foi de moto até a casa da ex-amante, Margarete Neto Pinheiro de Jesus, 41 anos, a cerca de 20 km do local onde havia ferido a primeira vítima. No segundo endereço, que fica no bairro Cidade Náutica, o acusado atirou contra Margarete, em três mulheres e em um homem, todos da mesma família.
O marido de Maísa das Graças Pinheiro Silva, 39 anos, uma das vítimas, afirmou que morava com a esposa ao lado da casa das outras pessoas atingidas. Ele e a mulher ouviram os tiros e saíram de casa, quando se depararam com Larissa Pinheiro do Monte, 19 anos, filha de Maísa, caída no chão.
O homem voltou correndo para casa, onde se escondeu em um quarto juntamente com o filho, de 7 anos. Enquanto ambos estavam escondidos, a testemunha afirma ter ouvido diversos tiros.
Depois disso, o atirador voltou para casa, onde deu um tiro na cabeça após avistar policiais.
“O que foi levantado até o momento foi que o acusado havia descoberto que não era pai de um menino [de 8 anos] após um processo de paternidade [feito pela ex-amante] e depois matou as pessoas”, afirmou o policial.
O comandante acrescentou que o crime “foi premeditado”, pelo fato de o acusado ter saído de casa com um revólver e uma caixa de munições. Todas as vítimas foram feridas na região da cabeça, acrescentou o oficial.
Morreram Daulina das Graças Neto Neves, de 66 anos, suas filhas Maisa das Graças Pinheiro Silva, 39, Margarete, a jovem Larissa Pinheiro do Monte, 19, filha de Maisa, e Carlos Alberto Neves, 57 anos, marido de Daulina.
Investigação  Apesar de a autoria do crime ser conhecida, o delegado Carlos Schneider, da Seccional de Santos (72 km de SP) explicou que o inquérito do caso levanta provas que indicam reforçam a autoria e materialidade dos assassinatos. “Mesmo que o autor tenha morrido, isso não impede de a polícia materializar o crime e comunicar isso ao Ministério Público.”
Ele acrescentou que, em 30 anos como policial na região, já viu crimes passionais, mas não com a quantidade de vítimas deste caso. “Destaco a rapidez com que a Polícia Civil conseguiu ligar a tentativa de homicídio [na casa do suspeito] com os homicídios ocorridos em sequência.”

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