Em situações de emergência, como atendimento a vítimas de violência ou acidente automobilísticos, o sangue O- é utilizado até que seja descoberto o tipo sanguíneo do paciente. Por esta razão, preocupa a quantidade de bolsas disponíveis no Hemocentro do Estado do Espírito Santo (Hemoes), em Vitória, por conta da baixa de doações de sangue RH negativo, especialmente o O-, conforme destaca a Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual da Saúde.

A Sesa afirma que, diariamente, o Hemoes realiza a contagem do estoque de acordo com cada tipagem sanguínea dos doadores. “No dia 24, o sangue O- contava com apenas seis bolsas de sangue, quando o ideal estabelecido é de 26 bolsas para cinco dias, a fim de atender às demandas dos estabelecimentos de saúde que dependem do sangue coletado pela unidade” – detalha a secretaria.

Rachel Lacourt Costa, diretora do Hemoes, explica a importância do tipo sanguíneo e a utilização em pacientes de urgência. “É o sangue mais utilizado em situações de gravidade extrema. Quando chega um paciente vítima de violência urbana ou de acidente automobilístico precisando de sangue com muita urgência, ele vai tomar sangue O- até que se faça a tipagem sanguínea e a compatibilização com a bolsa de sangue. Por ser um período em que as pessoas viajam muito, acabam esquecendo de doar. Em contrapartida, é o período que acontece mais acidentes e a demanda por sangue acaba aumentando” – esclarece a diretora.

ONDE DOAR

Em São Mateus, no Hemocentro Regional na Rodovia Othovarino Duarte Santos, Km 02, Parque Washington. Funciona ao lado do Hospital Roberto Silvares de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h, com cadastro até 12h. O telefone para contato é o 3767.7954.

DOAÇÕES EM 2018

No ano de 2018, as cinco unidades de Hemocentros no Espírito Santo receberam um total de 44.586 doadores, um aumento de 5% se comparado ao ano anterior, em 2017, que teve um total de 42.301 doadores.

A equipe de Coleta Externa realizou 53 ações em 2018, totalizando o atendimento a 4.061 candidatos a doação de sangue e a coleta de 2.778 bolsas. As campanhas foram realizadas em municípios do interior do Estado, em empresas da Grande Vitória, em comunidades, universidades, igrejas, entre outros.

QUEM PODE DOAR

Podem doar sangue as pessoas com idade entre 16 e 69 anos, sendo que a primeira doação deve ser feita obrigatoriamente até os 60 anos. Menores de 18 anos só podem doar com a autorização dos responsáveis legais. Todo doador deve apresentar um documento original com foto.

Se o voluntário tiver almoçado, o procedimento deve ser feito três horas depois. E se for um doador frequente, ele deve obedecer ao intervalo para doação, que deve ser de dois em dois meses para homens e de três em três meses para mulheres.

 

ESTOQUE BAIXO

A Secretaria Estadual da Saúde detalha que no início do ano, quando muitas pessoas estão em período de férias, os estoques de bolsas de sangue dos hemocentros em todo o Estado registram baixas significativas. “Isso acontece porque no período há maior probabilidade de acidentes automobilísticos devido ao aumento no fluxo de veículos nas estradas, o que aumenta a demanda por sangue”, destaca.

Com a aproximação do Carnaval, no dia 5 de março, a preocupação no Hemocentro do Estado do Espírito Santo (Hemoes), em Vitória, fica por conta da baixa de doações de sangue RH negativo, especialmente o O-.

Diretora do Hemoes, Rachel Lacourt Costa faz um apelo pela necessidade de um estoque favorável de O-, especialmente nesta época do ano. Além disso, a diretora alerta para a importância da doação de todos os tipos sanguíneos, uma vez que a partir deles são produzidos os hemocomponentes, como as plaquetas.

“A necessidade de um fator não interfere na necessidade dos demais fatores, como os positivos. Temos que produzir plaquetas e outros hemocomponentes, e para isso, precisamos ter gente dentro dos hemocentros todos os dias doando. Caso contrário, não conseguimos atender a demanda da população” – frisa.

Doador há dez anos, Jadersson Rocha, não deixa de ir ao Hemoes a cada três meses. De fator O+, doar sangue para ele virou um hábito, que faz voluntariamente para ajudar as pessoas. “A primeira vez que doei foi porque um vizinho precisou. Desde então, não parei mais. É bom saber que podemos ajudar as pessoas” – conta Jadersson, que já é cadastrado também para doar medula óssea.

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