GUILHERME PIU
BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) – A primeira semana de trabalho no Atlético-MG em 2021 movimenta vários departamentos do clube e a nova diretoria já deu um importante recado: vai mudar posições em cargos estratégicos e readequar salários para valores dentro da atual realidade do mercado.

A saída de Alexandre Mattos do departamento de futebol -com Rodrigo Caetano cotado para substituí-lo- foi um desses cartões de visita da nova política adotada pelo presidente Sérgio Coelho e o grupo colegiado, formado pelos mecenas que investem dinheiro no time -Ricardo Guimarães, Rubens Menin, Rafael Menin e Renato Salvador.

Além da saída de Mattos e de outros integrantes, dentre esses o superintendente administrativo Marcelo Machado, que estava há quase 15 anos no clube, mais mudanças devem ocorrer. Uma possibilidade é haver troca também no comando das categorias de base.

O diretor de futebol de base, Júnior Chávare, não tem sua continuidade garantida com a nova gestão que assumiu o clube. Sua permanência passará pelo crivo do novo responsável pelo departamento de futebol alvinegro, e esse nome deve mesmo ser o de Rodrigo Caetano. Portanto, o indicativo é que a permanência ou saída de Chávare estará na decisão do próximo dirigente que assumir uma das pastas mais importantes do clube.

Assim como havia acontecido com Alexandre Mattos, que acabou deixando à Cidade do Galo, o presidente Sérgio Coelho também não cravou “o fico” de Chávare, que volta ao trabalho nesta quarta-feira (6). Coincidentemente, mesma data da reunião entre a diretoria atleticana e Caetano, marcada para a parte da tarde. O futuro do comandante da base alvinegra deve ser decidido nos próximos dias.

Há chance também de Erasmo Damiani, ex-chefe das categorias de base da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), campeão olímpico com a seleção brasileira em 2016, e atualmente no Internacional, chegar junto de Caetano ao CT atleticano.

Essas grandes mudanças na estrutura organizacional do Atlético-MG acontecem, segundo apurou a reportagem, por recomendação da consultoria que analisa a parte financeira do clube. Há, desde o ano passado, dois funcionários de uma grande empresa dentro da sede de Lourdes, coração administrativo alvinegro, monitorando dados e processos. Tudo para reduzir custos e garantir uma melhor saúde econômica do Atlético e também por decisão política e maior controle das ações no futebol.

“Temos projeto, temos rumo e sabemos onde queremos chegar (…) Dentro dos meus primeiros atos iniciados, será dar continuidade na montagem de um time vencedor de minha confiança e aliado aos propósitos por mim estabelecidos. Não acredito em jogo individual. Acredito no time e coletivo. Por essa razão, antes de tomar posse, criei órgão colegiado composto por mim, pelo vice, e pelo chamado grupo dos quatro R’s, para com eles dividir as decisões mais importantes”, disse Sérgio Coelho em seu discurso de posse.

Os mecenas terão maior controle no departamento de futebol com a escolha de Renato Salvador para cargo estratégico na pasta. Ele será um braço entre o novo diretor e a presidência. Com isso, deve participar efetivamente de contratações e vendas futuras de atletas.

As mudanças realizadas, principalmente a troca no departamento de futebol do clube, pegaram de surpresa os jogadores.

“Sobre o Alexandre, foi uma mudança que não ficamos sabendo. Soubemos por rede social. Ficamos surpresos por ter sido ‘do nada’, vamos assim dizer, para a gente. Todos nós agradecemos a ele pelo que fez nesse pouco tempo, desejamos boa sorte, e isso não cabe a nós. Agora é esperar para ver quem vai ser o próximo e dar continuidade ao trabalho”, disse o volante Allan, que também falou sobre a chegada de um novo dirigente.

“Ouvi dizer sobre o Rodrigo Caetano, sim, comentários rolaram. Não conheço ele pessoalmente, apenas por pessoas mais próximas que falam que ele é um baita cara, um grande profissional e que, se vier, será para nos ajudar, que é o que precisamos. A gente precisa de um cara sério, que venha para acrescentar. Estaremos felizes e vamos buscar dar continuidade no trabalho”, analisou.

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