Regiane, Priscila, Edna, Marielle e tantas outras foram lembradas na manhã deste sábado (11), véspera do Dia das Mães, no ato de luto pela violência contra as mulheres realizado pelo grupo social Coletivo de Mulheres em São Mateus. Com a presença de cerca de 30 mulheres do grupo e outras que se juntaram ao ato, a manifestação aconteceu defronte à agência do Banco do Brasil, no Centro.
No alto, erguido pelas mãos femininas, cartazes passavam mensagens de solidariedade e também de luta pelo respeito e não violência contra as mulheres. O ato foi proposto em luto pela morte da professora Regiane da Silva Pereira, morta estrangulada e que teve o corpo encontrado na tarde de segunda-feira (6), na lateral da BR-101, próximo ao Bairro Esplanada (Seac). O marido dela, Paulo Sérgio de Oliveira, teve a prisão decretada pela Justiça como suspeito de ter cometido o assassinato.
O ato iniciou por volta das 9h e durou cerca de uma hora e meia. Pessoas que passavam pelo local foram atraídas pelo movimento e apoiaram a manifestação, que teve momento de roda de conversa e oração pelas vítimas de feminicídio, do Município e do País.
Uma das participantes, Tatiane Anjos da Silva, estudante de Direito, afirmou que o ato é importante para conscientizar as mulheres. “E mostrar aos homens que a gente não vai abaixar a bandeira, que vamos abraçar a causa porque não tem como esperar doer nós mesmos, acontecer com uma mulher do lado. A sororidade está aí para isso mesmo, para a gente pegar a dor do próximo e trazer para o nosso lado. Tem leis que ajuda e auxilia a mulher, tanto para prevenir ou para punir os homens” – destacou.
São Mateus-ES
