JEREMIAS WERNEK
PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) – O Grêmio dificilmente vai contratar reforços para a conclusão da temporada atual, independentemente de quando os jogos forem retomados.

A leitura da diretoria é que a crise financeira torna o mercado da bola quase inacessível no restante de 2020.

Além disso, o clube pretende sustentar discurso de solidariedade com os atletas do elenco -evitando negócios e investimentos logo após adiar vencimentos e abrir negociação para reduzir salários.

A posição até não é novidade, já vem sendo articulada nas últimas semanas. O fato novo é transformar a ideia em diretriz. Ou seja, praticamente botar no papel como protocolo.
Renato Gaúcho e o departamento de futebol continuam de olho em jogadores à disposição, mas por formalidade. Esse é o resumo de pessoas ligadas ao Grêmio e que frisam a política de não assumir despesas extras em meio à pandemia do novo coronavírus e até mesmo depois.

A postura de não contrair novos compromissos financeiros no restante do ano impacta diretamente o time titular que vai voltar a jogar o Campeonato Gaúcho -possivelmente a partir de agosto e ainda espera sinais sobre retorno da Libertadores e planos para o Brasileirão.

O Grêmio perdeu Caio Henrique para o restante de 2020. O lateral-esquerdo teve retorno antecipado solicitado pelo Atlético de Madri, que havia cedido o jogador por empréstimo até dezembro. Mas deve apostar em Bruno Cortez e Guilherme Guedes até o final da temporada.

“Isso já está posto como uma espécie de comportamento, procedimento do Grêmio. O Grêmio pediu sacrifício ao grupo de atletas, possivelmente vamos pedir outro sacrifício por estarmos entrando na segunda onda da crise. Vamos terminar o ano com os jogadores que estão compartilhando esse momento de dificuldade conosco. Quem está conosco agora vai terminar o ano. E na verdade, entendemos que este ano já está perdido”, disse Romildo Bolzan Jr., presidente do Grêmio, em entrevista à Rádio Guaíba. “O grande campeonato de 2020 é passar forte por esta crise”, adicionou.

Em março, o Grêmio fez acordo com jogadores para adiar pagamento do direito de imagem. As luvas dos contratos assinados em janeiro e de documentos antigos que tinham parcelas previstas para a atual temporada também foram renegociadas. Neste mês, a diretoria abriu tratativas para redução salarial e ainda não conseguiu acordo com elenco.

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