O Governo do Estado está avançando na estruturação de uma proposta de programa de desenvolvimento sustentável da pipericultura capixaba. Na semana passada, equipes técnicas da Secretaria Estadual da Agricultura (Seag) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural se reuniram na sede do Incaper, em Vitória, para discutirem a iniciativa, que tem foco no fortalecimento da cadeia produtiva da pimenta-do-reino.
Conforme destaca a Secretaria da Agricultura, durante o encontro, que teve a participação de pesquisadores e extensionistas com atuação na área da pipericultura, foram debatidos os principais desafios do setor, que tem grande relevância econômica para o Espírito Santo. O Estado lidera a produção e exportação do produto no Brasil, sendo responsável por 61% do volume nacional. Além disso, a especiaria ocupa a terceira posição na pauta de exportações do agronegócio capixaba.
O subsecretário de Desenvolvimento Rural da Seag, Michel Tesch, que coordenou a reunião, salientou que a criação do programa busca fortalecer a produção de pimenta-do-reino de forma sustentável, em alinhamento com as diretrizes do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag-4).
“Com base nas demandas e iniciativas levantadas no Pedeag-4, mobilizamos a equipe técnica do Sistema Público Agrícola para discutirmos e avançarmos na construção de um amplo programa, com ações efetivas para apoiar e impulsionar o setor, priorizando a sustentabilidade”, destacou Tesch.
Currículo de sustentabilidade
Um dos principais pilares do programa será a criação de um currículo de sustentabilidade específico para a pimenta-do-reino, inspirado no modelo bem-sucedido já aplicado à cafeicultura no Estado.
“O Espírito Santo tem um Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura, que é referência nacional e internacional pelos seus resultados. Agora, queremos replicar essa experiência positiva na pipericultura” – frisou o subsecretário.
O diretor-geral do Incaper, Antonio Elias Souza da Silva, reforçou a importância da iniciativa. “Nossas equipes estão empenhadas em contribuir com a elaboração do programa e com ações em pesquisa, assistência técnica e extensão rural destinadas a tornar a cadeia produtiva capixaba de pimenta-do-reino ainda mais robusta, sustentável e competitiva”, pontuou o diretor.
PRÓXIMOS PASSOS
A proposta do programa será apresentada e debatida com representantes do setor de pipericultura e organizações parceiras ligadas à agricultura capixaba. A expectativa é que, após esse processo de discussão, o programa seja lançado oficialmente nos próximos meses, contribuindo para consolidar o Espírito Santo como líder nacional na produção e exportação de pimenta-do-reino.
Foto: Felipe Ribeiro-Incaper/Divulgação