O objetivo do gestor ambiental Eduardo Rodrigues da Cunha, o Duzinho, com o afundamento das Plataformas de Cação no mar de Uruçuquara, é criar um local que possa servir de laboratório marinho para a comunidade acadêmica e, ao mesmo tempo, fomentar o turismo na região. Ele explicou que o local apresenta condições ideais para o que considera sustentabilidade ambiental. “O primeiro impacto ambiental, com a instalação da plataforma, foi negativo. Agora temos a chance de um impacto positivo com o afundamento da estrutura” – detalhou.

De acordo com Duzinho, a criação de um sistema de recifes artificiais no litoral mateense tem o intuito também de criar uma espécie de refúgio da vida marinha e permitir a geração de emprego e renda na região. “Só tem benefícios. Pode-se criar um novo mercado com aluguel de equipamentos, de embarcações para a exploração turística, aumentar a vida marinha e a renda de pescadores” – defende.

Duzinho disse ainda que, numa consulta ao diretor-presidente da Petrocity, José Roberto Barbosa da Silva, do Complexo Portuário de São Mateus, obteve como resposta que o afundamento da plataforma não interfere no empreendimento. “Ele disse que não atrapalha em nada, até porque a plataforma está a 4.800 metros ao sul do local onde está projetado a construção do porto, a seis quilômetros da costa e onde tem uma profundidade de 20 metros”, complementou.

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Subsecretário de Meio Ambiente vê viabilidade técnica da proposta

Afirmando enxergar viabilidade técnica na proposta de afundar as Plataformas de Cação no litoral mateense, o subsecretário estadual de Articulação Regional e Desenvolvimento Sustentável, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Seama), Elber dos Reis Tesch disse à Rede TC que, “é preciso cautela, analisar todos os fatores do ponto de vista ecológico”.

Desta forma, Elber, que é biólogo, gestor ambiental e professor em Política Nacional do Meio Ambiente, afirma que é preciso levar ao governador uma análise técnica mais profunda. Ele disse que, se o governador estiver convencido dos benefícios com o afundamento das estruturas da Petrobras no litoral mateense, deve marcar uma conversa com a administração da estatal.

Elber, que é de Linhares, já integrou um grupo que defende o afundamento das estruturas. Ele propõe, ainda, uma alternativa para fomentar o turismo marinho na região. “Se não autorizar, é preciso uma estratégia bem planejada para criar um sistema de recifes artificiais, que pode ser feito em um local de maior profundidade”.

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São Mateus–ES

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